SATIF
— Existe há possibilidade de você parar de destruir as invenções do Dr.
Cintra? – Nanda perguntou ao andróide.
— Negativo. Minha missão é exatamente essa, destruir toda e qualquer
criação do humano conhecido por Dr. Cintra. – SATIF respondeu.
— Muito bem, então terei que pará-lo à força. – a loira disse e sacou sua
arma.
— Minha armadura é feita de titânio, projéteis de armas de fogo não são
efetivos contra mim. – o andróide disse ao ver o movimento da moça.
— E quem disse que eu uso projéteis?
SATIF olhou ao mesmo tempo em que Nanda puxou o gatilho e um feixe de
energia foi disparado de sua arma única e especial. O punho do braço direito do
andróide foi pulverizado, e sua mão caiu na mesa. A reação do robô foi calma e
tranquila. Estendeu seu antebraço para o local onde estava sua mão, e dele saiu
vários e pequeninos objetos metálicos.
— Meu interior está preenchido por nano-robôs. – ele disse enquanto seu
membro era reincorporado. – Não importa o dano que faça em minha armadura, os
nano-robôs sempre irão reparar.
— Ah é? Então toma isso. – ela disse e atirou seis vezes em todo o corpo
do andróide.
Quase instantaneamente ao ser
atingido, os nano-robôs repararam todos os locais danificados. SATIF largou o
aparelho que estava prestes a quebrar e avançou contra a moça. No momento
seguinte, Nanda sentiu seu pescoço ser envolvido por um metal frio. A cada
aperto feito pelo robô, as forças da loira diminuíam mais, logo, percebeu que
estava fora do chão, sendo suspensa apenas pelo andróide.
Com o que lhe restava de força, Nanda sacou a arma com o braço direito e
atirou na cabeça do robô. O impacto fez com que soltasse a garota, que caiu
violentamente no chão, passou as mãos no pescoço, tossiu e ofegou, recuperando
o fôlego. Ao erguer a cabeça, não pôde acreditar no que viu: toda a cabeça de
SATIF havia sido regenerada por nano-robôs. Sem perder tempo, o robô lançou um
soco na direção da garota, que rolou para o lado, mas não conseguiu escapar do
chute que veio depois.
Nanda foi jogada contra uma parede e a força de seu impacto fez todas as
prateleiras caírem sobre ela. Um movimento de SATIF se aproximando chamou sua
atenção e a loira se levantou rapidamente para desviar do golpe. Assim que se
endireitou, Nanda esbarrou em uma mesa e percebeu umas anotações em cima dela.
Mexeu melhor para saber o que era e descobriu se tratar do projeto do robô que
a estava atacando.
Um soco teria acertado a moça, se esta não tivesse se desviado e corrido
mais além do laboratório, enquanto tentava ler o projeto e descobrir algum ponto
fraco do andróide. Quando achou, precisou esquivar de outro golpe e
contra-atacou com um chute que foi segurado por seu adversário. Ela tentou usar
a outra perna para acertá-lo na cabeça, mas também teve essa segurada.
SATIF aproveitou a posição para jogar Nanda contra outra parede,
acertando mais inventos e criações do cientista. Com dor no corpo todo, a loira
conseguiu se levantar a tempo de evitar que o andróide a acertasse com uma
mesa, que se quebrou ao chocar-se contra a parede.
— Um ponto no equivalente a nossa coluna lombar. – ela pensou. – É só o
que preciso acertar.
Ela esperou o robô perceber que não havia atingido-a e chamou a atenção
dele.
— Ei, pedaço de lata, está tão difícil assim me acertar um soco? – ela
provocou. – Vamos lá! Ou será que você não consegue?
O andróide avançou e preparou um golpe certeiro, mas antes que pudesse
acertar seu alvo, este se abaixou e deu a volta nele. Nanda mirou onde deveriam
estar as vértebras lombares de um ser humano e atirou com toda a potência.
Foi seu maior erro. Na pressa e no calor do momento, ela não leu sobre as
conseqüências que tal ato repercutiria, por isso não podia prever que quando
atirasse no núcleo de energia de SATIF, este iria causar uma grande explosão.
o.o
ResponderExcluirEITA!
O SATIF com todo esse lance de regenaração e tal me fez lembrar do T-1000, aquele andoide do Exterminador 2, que levou um super balaço na cara e ainda continuou de boa na lagoa. Aquela rachadura enorme dividindo a cabeça dele e tudo voltando pra o lugar.
MUITO assiustador!
E a Nanda, na pressa, pobre coitada acabou fazendo o que não debia, mas ainda acho que ela consegue se livrar dessa situação de alguma forma. Perde a graça se a Jess ficar sozinha neste novo mundo cão. Né?
Acho que eu, no lugar da Nanda, quando começasse a apanhar diria: "Foi mau aí seu SATIF (parece nome árabe), desculpa atrapalhar sua destruição."
Fechava a porta e saia corendo. Bem cagona mesmo. u_u
Beijos.