O COMÍCIO
O dia do comício chegou. Foi marcado às 10h. Ian nem dormiu na noite
anterior, mas não por escolha própria. Aliás, ele teve sorte de voltar vivo
para casa. Em cada lugar que foi, havia alguém esperando por ele: manos,
traficantes, maloqueiros ou apenas oportunistas de olho na recompensa. Nas
primeiras vezes, o ex-advogado imaginou ser só uma coincidência, mas então
decidiu interrogar um dos homens, que lhe contou do prêmio sobre sua cabeça.
A partir daí, o Motoqueiro se preparou para a maior noite de sua vida. Gastou
toda sua munição; bateu seu recorde de mortes em uma noite; e, é claro, fez o
maior estrago em vários pontos da cidade. Chegou às 7 da manhã. Tomou um banho,
recarregou as armas e a moto, e repassou seu plano mais uma vez.
De camiseta, boné e calça jeans, Ian chegou ao local do comício duas
horas antes de seu início. Com uma de suas identidades falsas, apresentou-se
como repórter. Preparou o terreno para a execução de seu plano e esperou. Logo,
os políticos surgiram e se reuniram. O público também começou a encher o lugar.
Viaturas da polícia circundavam o espaço e havia oficiais por todos os cantos.
O Secretário da Saúde iniciou o evento. Após meia hora de discurso, ele
passou a palavra para o Deputado Castor. Nesse momento, Ian sorriu e deu meia
volta. Saiu do meio da multidão e se afastou algumas quadras. Parou sua moto
num estacionamento comum com outras motos. Nada seria menos suspeito do que,
afinal, ele já tinha aprendido, as pessoas só vêem aquilo que querem ver.
Já estava com a calça e a bota preta. Só precisou colocar a jaqueta de
couro e os óculos escuros. Para completar, pôs o capacete e saiu com a moto
rumo ao comício.
— ... e com isso aumentaremos a segurança na cidade. – discursava o
deputado, no momento em que o barulho de uma moto ao longe chamou sua atenção.
O Motoqueiro aumentou a velocidade e o chegar bem perto, as pessoas se
afastaram para não serem atropeladas. Logo, ele ficou cercado pelos policiais
que ali se encontravam.
— Parado aí, Motoqueiro das Trevas! Você está preso. – um policial disse
usando um megafone.
— Ora, ora! Quanta gentileza sua nos poupar o trabalho de ir atrás de
você. – zombou o deputado que ainda estava no palanque.
— Hmm... – Ian esboçou um sorriso e apertou um botão de um dispositivo em
sua moto.
No mesmo instante, em pontos estratégicos escolhidos pelo ex-advogado
horas antes, ocorreram várias explosões que resultaram em uma imensa cortina de
fumaça. Apenas Ian com seus óculos especiais conseguia ver todo mundo
nitidamente.
Ele viu os seguranças do Castor agirem rapidamente e tirarem-no do
palanque para sair dali rapidamente. Passou pelos policiais “cegos” e os
atingiu. Conseguiu enfim alcançar seu alvo, mas este já tinha entrado no carro.
Sem outra opção, o Motoqueiro seguiu o veículo e uma perseguição pelas ruas da
cidade teve início.
Ambos muito espertos em suas tentativas..
ResponderExcluirVamos por partes: Desde que tenho lembrança, meu pai tem moto, e sempre das grandes, e geralmente usa as tais botas pretas e a jaqueta de couro pra sair a noite. Então, eu acho "linda" (não pensei em palavra melhor) a vestimenta do Ian.
ResponderExcluirDepois: Coturno, camiseta e calça jeans é uma coisa tão sexy. Dá um ar másculo. *-*
Após esses comentários totalmente inúteis e aleatórios, vou ao que interessa:
O Ian não matou os puliça não, né? o.o
E que bom que os seguranças do Castor estavam todos com reflexos lentos, senão o Ian já teria virado "pacote" em cima da moto, né mesmo?
E acho que os pm (pm/am - am/fm hahahaha Jesus, tô loca e é culpa do sono) só não atiraram por estar em um local com grande número de pessoas. Do contrário, pelo alto grau de periculosidade que acredita-se que o meliante representa (falei bonito, fala a verdade) teriam aberto fogo contra o Ian mais rápido do que a Dercy Gonçalves mandando a galera pra a puta que o pariu.
Ian, super lindo e corajoso como sempre. Espero que não se dê mal dessa vez.
Beijos.