O ESPERADO
MOMENTO
Desde a noite anterior, Léo e
Luana estavam querendo conversar sobre o que aconteceu, mas Lopes estava
demorando para ir tomar seu café. E quando o chefe saiu, surgiu um monte de
serviço para fazer. Pedidos e mais pedidos de processos, encheu mais de duas
páginas da tela.
― Essa Kethlly, hein. Como pede
essa guria. – Léo comentou.
― Nem fale. – Luana adicionou.
Eles tinham um combinado, em que
um começava a pegar os PTs a partir da caixa de maior número e o outro na de
menor número. Por fim, se encontrariam no meio. E quando aconteceu, eles não
conseguiram segurar a tensão que os dominava e deram um longo beijo apaixonado.
Naquele momento nada mais
importava, os PTs, os pedidos, os trabalhos, nada. Eles poderiam ficar daquele
jeito eternamente, mas foram interrompidos pela alta voz de Lopes.
― Caramba! Quanto PT essa Kethlly
está pedindo. – ele gritou.
Os dois terceirizados se
separaram e pegaram os processos que já haviam recolhido e levaram para suas
mesas para conferir. Assim que eles terminaram, Léo decidiu perguntar algo que
há muito queria saber.
― Lopes, quando de dinheiro tem
no cofre do banco?
― Olha, eu não sei. No mínimo,
bastante. – ele disse e riu. – E agora deve ter mais ainda. Acabou de chegar um
grande carregamento. – o servidor informou.
Léo não disse mais nada, esperou
alguns segundos e saiu dizendo que ia ao banheiro. Fora do arquivo, ele desceu
as escadas e ao chegar no térreo, esbarrou em um dos funcionários da
transportadora. Facada pediu desculpas e quando foi descer para o subsolo pegar
mais sacos de dinheiro, viu uma mulher vindo em direção ao térreo.
Morena, estatura média, sardas no
rosto, olhos azuis. Marquieli parou em frente ao rapaz, que estava quase
babando.
― Você é da transportadora, não
é? – ela perguntou.
― É, sim. Eu sou. – ele conseguiu
dizer.
― Veio muito dinheiro hoje? – ela
ficou curiosa.
― Ah, é, um pouco. Você sabe,
alguns milhares. – ele falou.
Léo saiu dali e foi falar com
Bomber, que era o segurança do cofre naquele momento.
― Parece que tem bastante
dinheiro aí. – o rapaz de óculos comentou.
― Sim, tem. – o musculoso
respondeu vagamente. – Com licença, está na hora de eu trocar de posto. – ele
desconversou e saiu de perto.
Atravessou o corredor e foi em
direção à recepção principal. Ao passar por Sandra, foi barrado pela morena.
― Eu nem deveria te dizer isso,
mas não tente nenhuma besteira, Marcelo. Estou de olho em você. – ela disse e o
deixou ir.
À noite, todos, inclusive Bomber
e Léo, se reuniram na velha oficina.
― Meus amigos, é chegado o
momento tão esperado. – Joel iniciou. – Depois de duas semanas de estudo, com
dois dos nossos infiltrados, e vários planejamentos no meio do caminho, vamos
finalmente pôr em prática nossas habilidades.
― Quando? – Facada perguntou.
― Amanhã. Faremos como no
shopping, só que dessa vez, todos entram. – Joel disse e Charger vibrou. – Eu e
Taís vamos entrar juntos para uma reunião que Léo vai marcar para gente. – ele
continuou e o técnico confirmou com a cabeça. – Facada e Charger vão pela
garagem. Bomber conseguiu um cartão de acesso para vocês. Quando der a hora,
faremos o que deu certo na primeira vez, nos escondemos no banheiro até todos
irem embora. – Joel finalizou.
Aguardando o próximo capítulo
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