TODOS DENTRO
Sem contar tudo, Joel disse à
Taís que precisava resolver um negócio no Shopping Mueller e pediu que o
esperasse no último andar do prédio. Ele se dirigiu à praça de alimentação e,
após procurar um pouco, foi até onde estava uma bela loira com terno executivo.
― Que bom que veio, Joel! – ela
disse. – Não sabe o quanto fiquei feliz quando me ligou para marcar esse
encontro.
― Queria ter marcado em outras
circunstâncias. – ele disse e, ao ver a expressão confusa dela, continuou. – Eu
vou viajar, Lívia.
― Para onde? Por quê? – ela quis
saber.
― Minas Gerais. Surgiu um negócio
lá, a empresa quer que eu vá. – ele mentiu. – Ficarei fora umas 3 semanas, no
mínimo.
― Poxa, logo agora que nos
reencontramos. – ela lamentou.
― Sim, também sinto. Por isso,
vim me despedir hoje. – Joel disse e se levantou. – Tchau, Lívia.
― Já? Não vamos poder almoçar
juntos? – ela perguntou.
― Infelizmente não. Devo ir
agora. – ele apressou.
― Tudo bem. Cuide-se, Joel. E não
vamos mais perder o contato, hein. – ela disse.
Ele assentiu com a cabeça e os
dois se abraçaram forte. O rapaz saiu e não olhou para trás. Lívia ficou vendo
o amigo partir e quando este sumiu de vista, foi decidir o que comer. No andar
de cima, Joel encontrou Taís na seção de cinema, olhando os cartazes.
― Estava pensando, se teremos que
fazer hora, por que não assistindo um filme? – ela sugeriu.
― Ótima ideia! – Joel concordou e
sorriu.
Era hora do almoço. Léo bateu o
cartão e voltou para o arquivo, pois precisava estar sozinho para fazer o que
devia. Luana percebeu a ausência do amigo no refeitório e foi chamá-lo no local
de trabalho.
― Não vai comer? – ela perguntou.
― Estou sem fome hoje. Mais
tarde, como alguma coisa. – ele disse.
― Mas aí, não almoçaremos juntos.
– ela apontou.
Léo daria tudo para ficar mais
tempo junto com Luana, mas o dia da operação havia chegado e o dever vinha em
primeiro lugar. Afinal, se não fosse ele ter se infiltrado no banco para
roubá-lo, nunca teria conhecido a garota.
― Desculpa, Lu. – ele lamentou. –
Amanhã, almoçamos juntos. Eu prometo. – ele disse, sabendo que não haveria
amanhã.
Ela saiu e ele voltou a se
concentrar em seu trabalho. Invadiu os sistemas de agenda de compromissos de
todos os andares e marcou uma reunião para as 16h30 com um dos cabeças. Sabendo
que haveria uma confirmação por parte da recepção, ele fez com que as ligações
feitas para o ramal do funcionário colocado na reunião fossem direcionadas para
o celular dele.
― Pronto. Agora é só esperar. –
disse para si mesmo.
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Por volta das 16h30, um Charger
azul marinho chegou na entrada da garagem do banco. O vidro do motorista abriu
e uma mão com um cartão surgiu de dentro do veículo. O segurança ficou olhando
com curiosidades para o carro que nunca tinha visto ali antes, mas quando o
cartão funcionou e a cancela abriu, ele relaxou.
Ao mesmo tempo, Taís e Joel
chegaram à recepção pela entrada principal. Após uma ligação para confirmar a
reunião, eles foram liberados para entrar. De lá, foram para o refeitório. Do
jeito que estavam, passariam facilmente despercebidos. Ele estava de terno e
gravata e ela com um traje social, camisa e calça, seu cabelo cacheado estava
preso para cima, com uma franja lhe caindo na testa.
Facada e Charger estavam
igualmente bem trajados e com óculos escuros para não serem reconhecidos. Em
uma área aberta do terceiro andar ao lado do refeitório, Joel falou com os
recém chegados pelo comunicador.
― Estão dentro? – perguntou.
― Sim. – responderam.
― Vamos ficar cada um em um
andar. Eu vou para o sétimo, Taís para o sexto, Charger para o quinto e Facada
para o quarto. Usem o elevador de serviço para não precisar passar pelas
recepções. Fiquem nos banheiros até Bomber dar o sinal. – Joel disse e os
outros concordaram.
Bah pulei este.
ResponderExcluirAchei que estava faltando alguma coisa - rss