CAPÍTULO 2 - RÁDIO OU JORNAL
O Colégio Isaac Newton possuía
duas sedes: a matriz, na qual havia os 9 anos do ensino fundamental; e a
filial, na qual ficavam os alunos do ensino médio. Devido ao menor número de
alunos e ao diferente foco, a filial era menor com relação à matriz.
O prédio principal era por onde
os estudantes entravam. Ele era composto por três andares. No térreo, ficavam
as salas dos professores, da diretoria, secretaria e tesouraria. Nos primeiro,
segundo e terceiro andar, ficavam as respectivas séries. Dos lados do prédio
principal havia alguns bancos para os alunos relaxarem enquanto lanchavam.
No centro e à esquerda, ficava a
imensa biblioteca do colégio, que mantinha mais de cem mil títulos dos mais
diversos livros. À frente dela e do lado direito do terreno, encontrava-se a
cantina, com uma área externa e coberta cheia de mesas e cadeiras. Ao fundo,
havia uma casa, que não era usada há muito tempo.
Alex sentava-se na penúltima
carteira da fila do meio de uma sala de 30 alunos. Atrás dele, havia Solano. Na
fila ao lado, mas bem mais a frente, estava Diana com Manu à frente dela. A
primeira aula do ano deles foi física com Afonso, um professor jovem de apenas
26 anos.
― E aí, todo mundo animado para
mais um ano? – ele perguntou ao entrar na sala e recebeu várias risadas e
respostas engraçadas. – Muito bem, então para conter tamanha empolgação, vou
fazer um anúncio antes de começar a matéria. – ele ironizou antes de ficar
sério. – Os alunos novos não devem saber, mas há uma casa nos fundos do terreno
do colégio que não tem função por um bom tempo. Esse ano, o diretor decidiu
mudar as coisas. – Afonso disse e despertou o interesse da turma. – Aquela
pequena construção será a sede do jornal e da rádio do Isaac Newton. – mal o
professor terminou a frase, o alvoroço começou. – Acalmem-se, todos! – ele
pediu. – Os alunos interessados devem deixar seus nomes na secretaria até o fim
da semana. O critério para definir os escolhidos será a partir do seu histórico
escolar, mas não pensem que apenas as notas irão contar. O desempenho de cada
um em sala, nas atividades extracurriculares e nos eventos do colégio terá
bastante peso. – o docente finalizou e deu alguns minutos para os alunos
discutirem as informações.
Os olhos de Alex brilhavam. Assim
que o professor acabou de falar, ele se virou para conversar com Solano.
― Você ouviu isso? – ele
perguntou.
― Ouvi. – o jogador de futebol
respondeu sem a mesma animação do amigo.
― E não está empolgado? – Alex
tentou de novo.
― Por que estaria? – Solano
devolveu.
― Você não vê? Essa é a
oportunidade de fazermos algo juntos de novo e sermos mais populares ainda. – o
da frente argumentou.
― Por que isso é tão importante
para você? Popularidade. – o jogador quis saber.
Antes que Alex pudesse responder,
Afonso chamou a atenção de todos e começou a explicar a primeira matéria do
ano.
A cantina lotou poucos minutos após
o sinal para o intervalo tocar. Graças a mensagem de texto que Alex enviou,
Ciano e Hugo correram para o local, juntaram duas mesas e reservaram oito
cadeiras.
― Bom trabalho, rapazes. – Alex
elogiou os dois que já estavam sentados.
Hugo sentou em uma das pontas, do
seu lado esquerdo estava Ciano, e ao lado dele, Caramello, em seguida, Diana e
Manu na outra ponta. Do outro lado de Hugo, sentou Solano seguido por Alex e
Patricinha fechando a mesa.
Depois de cada um comprar um
salgado e uma bebida, Alex iniciou o assunto que lhe estava consumindo.
― Me diz que alguém está tão
empolgado quanto eu com esse negócio de jornal e rádio. – ele disse em tom
desesperado.
― Eu! – Diana foi a primeira a
responder, sendo seguida por Ciano, Manu e Patricinha.
― Ufa! – Alex ficou aliviado. – E
então, o que vamos fazer? Rádio ou jornal? – ele quis saber.
― Seja o que for que escolhermos, o que o faz
ter tanta certeza de que seremos escolhidos? – Paty quis saber.
― Simples: nós salvamos esse
colégio. Impedimos de ser destruído e de ir à falência no mesmo dia. Graças a
isso, toda a popularidade que o Isaac teve depois aumentou tanto o dinheiro em
caixa que possibilitou a construção dessa filial. – Alex explicou.
― Faz sentido. – Diana concordou.
― Então, quem mais vai se
inscrever para o jornal? – Alex perguntou e Diana, Manu e Patricinha levantaram
as mãos. – Rádio? – Hugo e Ciano levantaram as mãos. – Solano? Caramello? – ele
chamou.
― Sou péssimo em escrever e falar
em público. Meu negócio é jogar futebol. – Solano explicou.
― E o meu é dançar. – a morena
emendou.
― Pois vocês seriam muito úteis
na Rádio Força Gravitacional. – Ciano disse e espantou a todos. – É, eu já até
pensei em um nome. – ele disse e riu.
― Eu achei muito bom. – Alex
elogiou. – O Ciano tem razão. Solano, toda rádio tem um programa de esporte e
ninguém melhor para falar disso do que você.
― E, maninha, você podia falar
sobre a sua dança e quando sua equipe se apresenta. Além de indicar outros eventos
culturais para a galera. Até ponho aquelas músicas clássicas, que você tanto
gosta, para tocar. – o mano disse.
― Ah, sério? – Caramello se
animou. – Tô dentro.
― Eu também. – Solano emendou.
― Sabe, podemos estar separados
por nossas preferências. – Alex disse e olhou rapidamente para Patricinha. –
Mas algo me diz, que este ano estaremos mais unidos do que nunca. – finalizou
com um sorriso.
Todos os professores estavam se
preparando para irem embora, quando Afonso decidiu falar algo que o estava
incomodando desde cedo.
― Brasílio, por que demos aos
alunos a opção de se inscrever em rádio ou jornal se você disse que só temos
como bancar um? – ele perguntou ao diretor. – Não era melhor fazer uma votação
para decidir antes?
Um silêncio tomou conta do
cômodo. Então o alto diretor, com seus cabelos grisalhos caindo sobre sua
testa, se pronunciou.
― Porque estou com uma ideia para
conseguir verba para manter os dois. – Brasílio disse alisando seu bigode bem
cuidado.
― Que ideia? – perguntou Renan, o
magro e alto professor de química.
― Nós vamos fazer um baile, no
qual os próprios alunos irão angariar fundos. – o diretor disse. – Estava
pensando em chamar de Baile de Abertura.
― E como exatamente vai ser isso?
– quis saber Michelle, a professora de matemática.
― Bom, vou convidar todos os
empresários filantropos da cidade, e, claro, os pais dos alunos. Assim que
decidirmos os escolhidos de cada setor, explicaremos o que fazer aos alunos. –
o diretor começou a explicar. – Eles terão um mês para criar a primeira edição
do jornal, que será entregue para todos os convidados.
― E a rádio? – Afonso perguntou.
― Ora, não é óbvio? – Brasílio
sorriu. – Vai tocar durante o baile.
Olá Ricky!
ResponderExcluirTudo bom contigo?
Opa uma festa de abertura com baile? Heuheuhehue isso aí dá pano pra muita coisa acontecer!
Entçao estou tentando pegar o ritmo da escrita e cnociliar com o trampo hehehe. Eu sei...eu sei que você uqer me bater por eu priorizar a fanfic em vez dos originais huehuehue...e valeu pela sua sincerida em não ler..mas se quiser posso ir te passnado os capítulos do meu original. Gosto de saber também que você está ativo nos contos! E vamos nos falando pelo face!
bjs
Original a ideia desses estudantes. Tomara que dê certo!
ResponderExcluirParabéns pelas postagens e sucesso em teu Blog!
Beijos!
Aguardar e ver o que esta galera vai aprontar com a "imprensa estudantil".
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