terça-feira, 20 de março de 2012

Dividir e conquistar


– A primeira joalheria, nós roubaremos em conjunto, mas só para que seja feito um padrão de invasão, pois acredito que demoraremos menos se agirmos separados. Mesmo que gastarmos um pouco mais de tempo sozinhos ainda assim será mais vantajoso. Essa será a Fase 3 da Operação, Dividir e Conquistar. – Joel disse na última revisão do plano.
Assim que acabaram de saquear o primeiro alvo, cada um dos três seguiu para um lado separado. Joel e Facada fizeram o mesmo caminho que no dia do reconhecimento do local, o primeiro no corredor direito do pavilhão principal e o segundo, na bifurcação. Taís seguiu por onde Técno Léo havia ido, já que este estava cuidando do sistema eletrônico do shopping.
A mulher do grupo parou em seu próximo local e começou a sequência de ação. Usou o nitrogênio líquido para abrir as portas e logo estava dentro da loja. O passo seguinte seria cortar os vidros e pegar as jóias, mas Taís parou um pouco para admirar todo aquele brilho que emanava dos objetos.
Ela se imaginou com todos aqueles anéis e colares, como se fosse uma rainha sentada em um trono. Com um belo vestido vermelho que combinava de forma perfeita com seu tom de pele. Muitos diziam que era mulata, outros diziam que era parda, ou ainda morena de pele. Para ela não importava, gostava e tinha orgulho de sua cor. Seus belos cabelos encaracolados estavam prendidos em um belíssimo coque no alto da cabeça. E, como toda rainha, usava uma coroa.


– O que foi Taís? Por que ta parada? – Bomber perguntou tirando a moça de seu sonho.
– Nada não. Eu só me distraí. – ela explicou com um sussurro.
– Percebemos. – Léo emendou. – Agora acorda e faça sua parte, não temos a madrugada inteira.
A moça começou a cortar os vidros e a pegar as jóias. Enquanto isso, no corredor da bifurcação, Facada usava o nitrogênio para congelar as fechaduras e abrir as portas. Antes, ele procurou pelo guarda para derrubá-lo com o tranquilizante, mas não o viu em lugar algum. Apesar de achar estranho, resolveu não perder tempo e seguir com o plano.
O segurança, porém, havia descido, pois pensou ter ouvido algum barulho no andar inferior. Ao perceber que não era nada e passando despercebido pelo olhar de Bomber, que apenas cuidava dos seus amigos, ele voltou para o andar de cima. Percorrendo o trajeto de sua ronda tradicional, ele viu um vulto escuro onde não deveria haver nada. Chegando mais perto para distinguir melhor, o guarda viu que eram dois de seus colegas, inconscientes.
Sem pensar duas vezes, ele pegou o seu rádio comunicador e avisou a central de monitoramento.
– Central, tem dois guardas inconscientes no setor D. Peço reforço imediato no perímetro. – o segurança falou, mas Bomber não lhe respondeu.
– Galera, temos um problema! – Bomber disse para os companheiros de roubo, logo após ouvir a mensagem do segurança do shopping.

5 comentários :

  1. Xiii...
    parece que o grupo vai entrar numa enrascada!
    aguardo a continuação!

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  2. Oi Ricky!
    Gosto muito de contos.e gostei muito do que li no seu blog.Com certeza voltarei aqui mais vezes.
    Grande abraço
    se cuida

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  3. Rickynho,
    tudo bem?
    Nunca te perguntei, mas esses desenhos são teus?
    porque o traço é muuuuito bom!

    Essas histórias são muito fluentes, você tem uma criatividade de conjunto maravilhosa. Li duas vezes para não perder os detalhes, pois tem muitos detalhes de roteiro.

    Beijusss

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  4. Rainha Taís, essa foi boa! HAHA

    Tinha que ter um problema, se não não teria graça, né? rs

    Bjs

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  5. Adorei o conto Ricky, assim como os outros que vocês faz está perfeito!!!

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