Apesar de ter sido ameaçada por Mauricinho, a diretora Tulipa não
conseguiu pensar em um jeito de fazer o que ele havia dito. Ela concedeu tudo o
que o grêmio pediu, mas não porque o rapaz falou e sim porque ela concordava
com as ideias dos membros do GEAS. Simpatizava com eles.
Durante o ano, ela encontrou com Mauricinho nos corredores, várias vezes
e ele sempre a lembrava do que devia fazer. Depois de um tempo, ela teve uma
ideia, meio arriscada, mas que podia dar certo, só precisava esperar mais um
pouco. Mas em seu último encontro com seu ameaçador, ela soube que seu tempo
tinha acabado.
– Muito bem, diretora, você teve sua chance. Seu tempo acabou. Hoje à
tarde a senhora e o Isaac cairão. – ele disse e saiu.
Ela tentou chegar a sua sala o mais rápido possível, mas sempre aparecia alguém
para lhe falar ou perguntar algo, professores, alunos, inspetores. Em sua hora
de almoço que achou que teria um tempo livre, teve que almoçar com alguns
patrocinadores do colégio. Quando finalmente chegou onde queria já era quase
duas horas da tarde. Procurou sinal de algum Timbrelago, pai ou filho, e como não
encontrou, sentou-se em sua cadeira e ligou o computador.
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Alex estava pronto para começar a reunião quando sentiu a falta da
diretora de dança do grêmio estudantil.
– Cadê a Caramello? – ele perguntou.
– Ela disse que ensaiar um pouco depois do almoço, mas que chegaria a
tempo da reunião. – Diana explicou.
– Já passamos dez minutos do horário combinado e eu quero que ela esteja
aqui para ouvir o que tenho a dizer. – Alex disse. – Ciano vá buscá-la.
– Beleza, deixa comigo, maninho.
Assim que o mano saiu, Diana, que estava com o laptop ligado, viu algo
que a espantou.
– Oh, meu Deus! – ela exclamou. – Os fundos do colégio estão sendo
transferidos para uma conta particular.
– Como você sabe? – Manu quis saber.
– Eu monitoro sempre para ver quanto temos em caixa. – ela disse.
– Como você tem acesso? – Paty perguntou.
– Na verdade só a diretora Tulipa tem acesso, mas eu hackeei para poder
ficar de olho. – ela explicou.
– Então talvez um hacker possa ter feito o mesmo que você e estar
roubando agora. – Alex sugeriu. – Você pode saber de onde está sendo feito
isso?
– Só um minuto. – ela pediu. – Ahá, como eu suspeitava. A não ser que o
nosso hacker esteja na diretoria agora, a diretora Tulipa está nos roubando.
Na frente do colégio, uma limusine e dois carros pretos pararam.
– Você está pronto? – o Sr. Timbrelago disse.
– Sim. – Mauricinho respondeu.
– Então vá, vingue-se e acabe logo com isso. – o mais velho disse e o
rapaz começou a sair da limusine. – Mauricio? Você tem meia hora.
Dos outros carros saíram cinco rapazes, de 14 a 17 anos, de cada e se
juntaram a Mauricinho. Eles entraram no colégio e da recepção se dividiram.
– Vocês dois. – o rapaz apontou. – Venham comigo. O resto espalhe-se pelo
colégio. A gente se vê lá fora em vinte minutos. – ele disse.
Quando Alex e os outros membros do grêmio saíram da sede, deram de cara
com um rapaz de jaqueta de couro e óculos escuros, acompanhado de mais dois.
– Mauricinho! – o presidente exclamou.
– Olá, Grêmio! Lemos, precisamos terminar a nossa luta. – ele disse.
– Luta? Que luta? – Alex perguntou confuso. – Ah você diz aquele soco que
eu te dei na frente de todos os alunos? Você não superou isso ainda? – ele disse
de modo zombador, irritando Mauricinho. – Olha, não tenho tempo pra isso agora,
ta?
– Como você adivinhou? Você ta certo! Não tem tempo mesmo. Em menos de
meia hora, esse colégio todo irá pelos ares. – ele disse e riu alto.
– Ah, caramba! Estão plantando bombas! – Diana informou da entrada da
ponte que ligava as pontas do U.
– O que vai ser, Lemos? Vai lutar comigo ou vamos todos explodir?
– Alex, eu não acho que haja uma saída diplomática para essa situação. –
Hugo sussurrou para o amigo.
– Eu também não. Diz, amigão, você dá conta dos amigos do Mauricinho? –
Alex perguntou.
– Sim, por quê? – o garoto grande perguntou, mas foi ignorado.
– Solano, eu quero que você vá com as meninas até a diretoria e resolva
aquilo. Hugo e eu lidaremos com esses caras. – Alex disse.
– Ninguém vai passar por aqui, Lemos. – Mauricinho avisou tampando o
corredor.
– Tudo bem, nós usamos a ponte. – Manu disse e foi com Paty, Solano e
Diana em direção a passagem.
Alex e Mauricinho se encararam por um tempo e então, num movimento
repentino, o rapaz de jaqueta de couro avançou sobre o presidente do grêmio.
Sabe que lendo as peripécias do Mauricinho e seu pai canastrão, eu só consegui lembrar de uma pessoa: Thor Batista.
ResponderExcluirHaha Sério!
E essa diretora Tulipa é uma vaca. Espero que o colégio exploda com ela e o Mauricio dentro...
kkkkkkkkkkk
Beijos.