– Muito bem, parece que está tudo aqui. – Parvo disse e os dois jovens a
sua frente respiraram. – Tirando as cópias que vocês mandaram para a Justiça, é
claro. – ele finalizou.
– Como você sabe? – Zé perguntou.
– Ora, você acha que eu sou algum zé mané? - Parvo provocou.
– Na verdade, sim. – o rapaz disse.
– Como é que é? – o empresário não acreditou no que ouviu.
– Você sabia Parvo em português de Portugal significa besta, idiota,
imbecil, zé mané? – o espião explicou e em seguida um tiro passou acima dele. –
Nossa, você é ruim de mira hein.
– O quê? – Parvo disse sem esconder seu espanto.
– Eu estou bem na sua frente e você atira no teto da sua empresa. Quem
consegue errar um tiro assim? – Zé zombou e riu alto.
– Eu errei de propósito. – Parvo disse, ainda espantado.
– Sei, é claro que sim. – o rapaz disse, ainda rindo.
– Zé! – Érica chamou e ele a olhou. – Ele atirou de propósito.
– Oh! – ao ver o olhar sério da amiga, Zé parou de rir. – Ah, é?
– Ah, é! E eu posso e vou acabar com vocês dois agora! – Parvo disse e
levantou, aproximando-se de Zé.
– Espera! – Zé gritou quando arma foi apontada para ele. – Você não vai
tentar nos convencer a trabalhar para você?
– O que? Por quê? Você acabou de se provar um perfeito idiota.
– Eu não acredito! Você não entendeu? Aquilo foi uma atuação digna de
Oscar. – Zé disse e, aproveitando a falta de resposta de Parvo, continuou. –
Acena para a câmera. – o espião apontou para o equipamento da sala.
No topo do prédio, Joca observava a situação e escutava a conversa dos
dois atentamente. No momento em que Zé apontou a câmera, o amigo imaginou que
aquele era o sinal de que tinha mencionado.
– Ah, esse é o sinal, certo? Agora é para mandar o mini-helicóptero. –
ele disse e Zé assentiu para a câmera. – À caminho, amigão.
Na sala de Parvo, Érica começava a ficar apreensiva, a pensar que tudo
estava saindo de controle, que a qualquer momento o empresário poderia apertar
o gatilho. Mas Zé estava tranquilo, mesmo com uma arma apontada para sua cara e
com toda a tensão da situação, ele permanecia inalterado.
– Já chega! – Parvo gritou depois de olhar para a câmera. – Você morre
agora. – ele disse remirando a arma para Zé.
– Hã... Chefe... – Beckert chamou.
– Agora não, Beckert! – Parvo gritou. – Últimas palavras? – ele perguntou
para o rapaz.
– Olha para trás. – Zé disse com um sorriso.
Ao olhar para a janela atrás de si, o empresário viu um mini-helicóptero
com duas metralhadoras prontas para atirar.
– AGORA! – Zé gritou e se jogou no chão no instante seguinte.
Parvo demorou alguns segundos para perceber e antes de cair no chão, foi
atingido no ombro esquerdo. Seus dois seguranças também levaram tiros, um na
perna e outro na barriga, mas não foi letal. Aproveitando o atordoamento dos
vilões, os dois espiões saíram correndo assim que a onda de tiros passou.
– Bom trabalho, Joca. – Érica elogiou. – Maurição, está com a Duda? – ele
quis saber.
– Sim, está comigo. Já estamos há uma quadra de vocês. – o rapaz
musculoso respondeu pelo comunicador.
– Ótimo! – Zé vibrou. – Muito bem, equipe, Fase Fuga iniciada.
Zé e Érica chegaram às escadas do andar em que estavam e a subiram. Era o
último do prédio, logo apenas um lance os separava do helicóptero.
Parvo chamou todos os seguranças do edifício e saiu na frente para
perseguir os espiões, sendo acompanhado por um Beckert manco.
– Tirem a gente daqui. – Zé disse ao entrar no helicóptero.
– Só se for agora. – Rob disse e sorriu.
No minuto seguinte, helicóptero e mini-helicóptero sobrevoavam Curitiba.
Muito bom mesmo!
ResponderExcluirhttp://mardeletras2010.blogspot.com.br/2012/05/vida-no-intervalo-das-musicas.html
Nossa... Realmente fiquei na dúvida se Zé foi um gênio ou um estúpido. O Parvo poderia ter querido acertar e aí, já viu. kkkk
ResponderExcluirNo final, o plano deu certo, mas pelo jeito vem revanche por aí.
Beijos.
Um emprego destes cheio de adrenalina e o Zé Mané procurando escritório rss;
ResponderExcluirTá certo, é menos perigoso.