segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Perseguição

– Quanto mais vamos andar? – perguntou Zé, e notou que já estavam próximos do Shopping Curitiba.
– Calma, são só mais algumas quadras. – explicou Érica.
– Algumas quadras? Isso foi o que andamos até agora. Não tem um ônibus que chegue lá, a Agência não te deu um carro, não?
Érica riu e olhou para o lado, ao fazer isso notou que alguns indivíduos os estavam encarando de dentro da Praça Oswaldo Cruz, que ficava em frente ao shopping. Com isso sua mente e habilidades de espiã se aguçaram. Ela olhou para trás e no mesmo momento um homem olhou para cima e começou a assobiar.
Do outro lado da rua e do lado de fora da praça, mais três homens  seguiam na direção dos dois amigos. Eles precisavam atravessar o cruzamento para chegar ao seu destino, mas a mão única da rua em questão ia na direção deles. A rua em que estavam também tinha apenas um sentido e era o mesmo em que eles caminhavam.
Quando se aproximavam da esquina, Érica olhou para o semáforo, estava no amarelo. Ela olhou novamente para os seus seguidores para se certificar do número e da distância em que estavam. Sete do outro lado da rua, dentro e fora da praça e um atrás deles, na mesma quadra. Ela pegou na mão de Zé.
– Ei, o que você ta fazendo? – estranhou o rapaz.
– Eu espero que inteligência não seja sua única qualidade. – ele fez uma expressão confusa, ela conferiu o sinal e gritou. – Vamos!
– Você ta louca, guria? – gritou Zé, sendo puxado pra atravessar a rua quando todos os carros vinham vindo.
Vendo isso, os homens não puderam fazer nada a não ser esperar o sinal fechar. O que estava sozinho atravessou a rua e se juntou aos outros sete. Já na outra quadra, Zé parou e exigiu uma explicação.
– Ta vendo aqueles oito homens ali? – ela disse e apontou para os caras que esperavam o sinal fechar. – Eles estão atrás de nós ou só de mim, não sei, mas eles não são de brincadeira e não consigo lutar contra todos eles sozinha. – ela disse e Zé levantou uma sobrancelha. – Sua inteligência não vai servir de nada, Zé, se eles nos pegarem.
– Então, não vamos deixar isso acontecer. – ele disse e olhou para o shopping em frente eles.


– No que está pensando? – ela quis saber.
– Você já salvou minha vida duas vezes hoje, ta na hora de eu começar a retribuir. Só me segue. – ele disse e os dois entraram no Shopping Curitiba.
Nesse momento o semáforo fechou e os oito homens atravessaram. Zé andava apressado e acompanhado por Érica, chegou aos elevadores e foi até o último andar, onde ficava a praça de alimentação e as salas de cinema.
– Zé, pra onde estamos indo?
– Você já vai ver. Não se aproxime da beirada. – ele disse quando atravessavam a ligação entre os dois lados do shopping no último andar.
Um pouco antes de chegarem a bilheteria do cinema, o rapaz perguntou.
– Tem algum filme que ta em cartaz, que você queira ver?
– Então esse é o seu plano? Nos esconder no cinema?
– Claro, é perfeito. Mesmo que eles queiram, não vão poder entrar lá e impossível eles não desistirem em duas horas. A gente ainda aproveita e vê um filme. – Zé explicou e sorriu.
Érica se viu obrigada a aceitar e admirar a simplicidade e genialidade da ideia de Zé.
– Muito bem então. Vamos ver Gigantes de Aço. – ela disse.
– Boa pedida, garota. – ele concordou, comprou os ingressos e os dois entraram na sala.
– Devo admitir que você mandou bem, Zé. – ela disse, já dentro da sala.
– Eu não sou um zé mané o tempo todo. – ele observou.
– É, eu to começando a perceber isso. – ela concordou e eles viram o filme tranquilamente.
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– Hã... Sr. Beckert, nós perdemos os alvos. Eles entraram no shopping e não conseguimos encontrá-los. – disse um dos perseguidores pelo telefone.
               – Então anota aí o endereço da casa dele, porque vocês vão fazer uma visitinha para os pais dele hoje. – avisou Beckert.

4 comentários :

  1. Boa Zé! Hahaha
    Simples e eficiente! Fora que a Érica mandou bem mesmo na escolha do filme hahahaha

    Abração!

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  2. Nossa, que medo... Fico em dúvida entre quem são os vilões e quem são os mocinhos. Você está sabendo confundir bem a minha cabeça. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    O shopping Curitiba é lindo! Tem um estilo colonial incrível!

    Aqui em Recife, um shopping no mesmo estilo se chama "Paço Alfandega", super elitizado ($$$$$), com um terraço que permite ver boa parte do Recife.

    Ah, Ricky, nem é que eu não fui com a cara de Paty, mas é o arzinho fútil da personagem que me dá "nojinho" dela. kkkkkkkkkkkkk Espero mesmo que ela me surpreenda.

    Beijos.

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  3. Putz, botaram os pais no meio.
    Isto é sacanagem. Não sabem perder. rss

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