segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Plano em ação


Caminhando pelo mesmo caminho do qual fugira, Rubens procurava sinais de seus raptores pela floresta, mas o silêncio já começava a preocupá-lo. Muitos pensamentos lhe ocorreram: será que já haviam ido embora e deixado ele para trás, uma vez que estavam com sua câmera, e para eles isso era suficiente; seria possível que a onça teria vencido e atacado os traficantes;  ou ela ainda poderia ter fugido e eles foram atrás dela. Cansado de supor tantas situações, o jornalista decidiu subir em uma árvore para ver se melhoraria seu campo visual.
Ao fazer isso, ele foi puxado para baixo com tamanha velocidade e ferocidade que antes mesmo de tocar o chão, seu trajeto aéreo continuou até atingir uma árvore do lado oposto daquela que havia tentado subir. Antes que pudesse se recuperar do impacto em suas costas, uma grande lâmina já aparecia embaixo de seu queixo. Everest o olhava com tanta raiva e frieza nos olhos que Rubens achou que iria morrer ali mesmo.
– Oh, você o achou! Ora, abaixe essa faca, Everest. É o Sr. Araújo, nosso amigo, lembra? – interveio Krok.
– Temos que parar de nos encontrar assim, grandão. – disse Rubens, passando a mão no pescoço. – Sr. Krok, eu estava mesmo procurando por vocês. – disse o jornalista se dirigindo ao chefe do bando.
– Ah, é? Pois eu achei que tinha fugido. – disse Krok, sério.
– Nem brinque com uma coisa dessas, eu não faria isso. Foi tudo um plano pra distrair a onça pra vocês. – explicou Rubens.
Krok e Everest se olharam e em seguida, o chefe puxou Rubens pelo braço de modo que eles ficaram lado a lado, e então colocou o braço em volta de seu pescoço.
– Venha, vamos voltar para o navio. E não ligue para o Everest, ele é meio carrancudo e fechado assim, mas ele é gente boa. Ele só estava fazendo o trabalho dele. – disse Krok.
– Isso ou ele tem algo contra o meu pescoço. – o jornalista disse e ambos riram.


No navio, fizeram uma festa com a captura da onça, o último animal da coleção, e também elogiaram muito Rubens. Tanto que Krok já fazia planos para as futuras caçadas e negócios.
– Vamos criar um álbum para os nossos clientes, com suas fotos iremos longe Sr. Araújo, guarde minha palavras. – ele dizia.
Satisfeitos com o triunfo recente, todos os membros do bando dos traficantes, sem exceção, beberam para comemorar. Rubens fingiu que bebeu e, quando eles caíram no sono com tanto álcool na cabeça, foi onde os animais estavam enjaulados. Ele precisava vê-la, saber que estava bem, um ser tão belo como aquele não poderia ser maltratado pelas mãos do homem. A onça estava quieta, ainda se recuperando do sedativos que lhe foram aplicados, mas já sabia muito bem o que havia acontecido e que qualquer humano era uma ameaça para ela.
– Calma, eu não vou te machucar. – ele disse quando o animal mostrou seus dentes assim que ele se aproximou.
Ele se afastou e ficou observando o felino por um tempo tentando passar a ideia de que era inofensivo. A onça o olhou bem nos olhos e ao redor, viu que ele estava sozinho, ao contrário das outras vezes desde que chegara ali, nenhum outro humano tinha ficado tanto tempo sem gritar ou tentar lhe bater. Pela primeira vez, o animal encontrou um humano que não queria fazer nada de mal para ele.
– É, meu amigo, ou amiga, teremos horas complicadas daqui pra frente. – Rubens disse se reaproximando, mas não se atreveu a por a mão mais perto da grade. – Espero que nossa amiga Kaluana tenha cumprido com a palavra dela. – ele concluiu pensativo.
  
.....................................................................................................................

Em um posto da polícia florestal da Amazônia, um oficial revisava alguns pedidos dos moradores da região, quando uma índia entrou correndo em sua sala.
– Guarda Guaxinim! Guarda Guaxinim! – ela gritou ao entrar.
– É Amorim, Kaluana! Meu nome é Amorim, quantas vezes eu vou ter que falar? – ele disse nervoso.
– A Amazônia está em perigo e só o senhor pode ajudar. – ela disse ignorando a correção dele.
             O guarda florestal ficou de olhos arregalados num primeiro instante ao ver o rosto da nativa tão sério, e depois passou a escutá-la atentamente.

4 comentários :

  1. Adorei!!!

    tudo-pra-meninas.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Que interessante. Adoro histórias de aventura. Gostei ainda mais por se passar na Amazônia. AMO tudo o que se refere a bem estar dos animais.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  3. Olá Ricky!

    Poxa a história pareceu interessante..e o policial Guaxinim, ops, Amorim parece ser um dos centrais nessa trama!
    Então o cabelo do Kakashi é meio complicado de fazer mas é possível encontrar as perucas originais certas para o cosplay em lugares e sites especializados. E isso facilita muita coisa. Eu acho o Kakashi um dos mais fodas do anime tanto em matéria de poderes quanto de carisma. Acompanhe o mangá..é mais rápido e evita os capítulos fillers!
    bjs

    ResponderExcluir