segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Arte De Roubar T04C11

TESTEMUNHAS

― Consegui! – Léo vibrou e chamou a atenção de Facada.
― O que? – o atirador de facas perguntou.
― Finalmente quebrei a segurança do sistema eletrônico da empresa do Barton. – o técnico de informática disse.
― E isso adianta alguma coisa agora? – Facada.
― Sim, com certeza. Agora poderemos ter a prova que falta para o Joel sair livre e o Barton se complicar de vez.


― Agora, vamos para as testemunhas de cada lado. – o juiz decretou. – Primeiro, a acusação.
― A acusação chama o senhor Wanderson Arrais. – Rosolen disse e um homem velho se levantou do público que assistia o julgamento.
O homem sentou no banco de testemunhas e fez o juramento. Logo na sequência, o promotor se aproximou para questioná-lo.
― Era o senhor que estava na recepção quando o Sr. Dasco chegou?
― Sim, senhor. – a testemunha respondeu.
― Olhando naquele momento, o senhor diria que ele é perigoso?
― Ele estava com uma expressão séria e parecia bem nervoso. – o porteiro respondeu.
― Em comparação com as outras pessoas que vão frequentemente visitar o Sr. Barton, o senhor diria que o Sr. Dasco é uma delas? – Rosolen perguntou.
― Não, senhor. O Sr. Dasco é bem diferente das pessoas que entram lá no prédio normalmente. – Wanderson respondeu.
― Obrigado. Sem mais perguntas. – o promotor disse e se sentou.
― Seu Wanderson, o senhor ficou até depois do seu horário no dia em que o meu cliente foi ver o seu chefe, não é? – Lívia perguntou.
― Fiquei, sim, senhora. – a testemunha respondeu.
― Apesar da diferença para com as pessoas que lá vão normalmente, como o senhor afirmou, o meu cliente lhe tratou mal de alguma forma?
― Não, senhora. Como eu disse, ele só estava nervoso com alguma coisa. – Wanderson disse.
― Obrigada. – a loira agradeceu e retornou ao seu lugar.
― Só isso? – Joel reclamou.
― Relaxa, essa era a testemunha deles. Na nossa, eu arrebento. – ela disse para acalmá-lo.
― A defesa tem alguma testemunha? – o juiz perguntou.
― Sim, Meritíssimo. – Lívia respondeu. – A defesa chama a Sra. Mayara Dasco.
A morena levantou e se dirigiu ao banco de testemunhas. Passou pelo juramento, mas dessa vez foi Lívia quem começou as perguntas.
― Como a senhora avalia o seu casamento com o meu cliente? – a loira perguntou.
― Com altos e baixos, assim como a maioria dos casamentos.
― E como diria que está agora? – a advogada quis saber.
― Bem baixo, há algumas semanas eu voltei para a casa da minha mãe. – Mayara respondeu.
― Por quê? O que houve? – Lívia emendou.
― O último negócio do Joel não deu certo e ele insistiu em fazer um empréstimo com um empresário conhecido dele, uma grana alta. – Mayara disse. – Eu pedi para não fazer isso, mas ele não me ouviu e eu disse que não iria fazer parte daquilo.
― No entanto, hoje a senhora está aqui. – a loira disse.
― Ele é pai do meu filho e eu ainda o amo. – a morena disse e respirou. – E eu não poderia deixar de vir... ajudar a impedir que... o Joel seja condenado por algo que... ele não fez. – ela conseguiu dizer depois de várias pausas.
― Sobre isso, a senhora acha que seu marido seria capaz de roubar? – a advogada perguntou.
― Sim. – a testemunha respondeu e surpreendeu a todos. Joel ficou sem entender e Barton sorriu. – Desde o momento em que o conheci, Joel roubou meu coração e desde então roubou muitos beijos meus. – ela disse e o réu respirou aliviado, enquanto o público ria e aplaudia, e o juiz martelava por silêncio.
― Obrigada. Sem mais perguntas. – a loira disse e voltou ao seu lugar. – Está bom para você? – ela perguntou para Joel.
― Tirando o quase infarto que eu tive, sim. – ele e sorriu, enquanto Rosolen levantava para interrogar Mayara.
― A senhora disse que está semanas longe de seu marido. Como pode ter tanta certeza de que ele não roubou durante esse tempo? – o promotor perguntou.
― Eu confio nele e, além disso, tem as evidências para provar isso. – ela disse e provocou vários murmúrios no público.
― A senhora é mesmo confiante, não é? – ele devolveu.
― Sim, eu sou. – ela respondeu de imediato, encarando-o.
― Sem mais perguntas. – ele disse sem mais argumentos.
O juiz declarou intervalo para o júri avaliar os testemunhos e as novas provas para definir o veredicto.
Enquanto tomava uma água e revia alguns documentos em sua sala, o juiz foi surpreendido pela entrada de um rapaz e um guarda.
― Senhor, desculpe, ele disse que é urgente. – o oficial disse e o juiz deixou o rapaz entrar.
― Desculpe interrompê-lo, meu nome Rômulo e sou perito. Hoje descobri algo que pode ser a prova que definirá esse caso que o senhor está presidindo agora. – o jovem disse e entregou um papel para o juiz.
― Os jurados precisam saber disso. – ele disse e levantou o olhar. – Isso muda tudo, rapaz!

2 comentários :

  1. Vou ter que esperar para saber se foi o hacker que plantou a prova para ajudar o Joel.
    Ó vida! rsss

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  2. *música de suspense* A quem a nova prova vai ajudar?? o.o

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