INVESTIGAÇÃO
― Não acha arriscado sair assim à
luz do dia? – Borba perguntou.
― Já disse para não se preocupar
com isso. – Ian disse. – Esse bairro é muito grande, vamos nos
separar, assim cobriremos um território maior e como consequência,
obteremos mais informações.
― Certo. – o ex-militar concordou
e seguiu para um lado.
O ex-advogado foi para o lado
contrário e, após algumas quadras, notou que havia vários pontos
comerciais por ali. Decidiu entrar em uma loja de presentes. Imaginou
que seria uma boa fonte de informações. Não se enganou. Comprou
alguns produtos e foi para o caixa.
― São R$10,50. – a mulher disse e
recebeu doze.
― Fique com o troco. – Ian disse.
― Obrigada. – ela agradeceu.
― Escuta, você sabe se há alguma
casa à venda por aqui? Eu estava pensando em me mudar para esse
bairro. – Ian sondou.
― Casa para vender? Pior que eu não
sei. Valter! – ela chamou o rapaz que trabalhava ali. – Você
sabe se há alguma casa para vender aqui no bairro? Esse moço está
querendo se mudar.
― Tem uma ou outra, mas eu não
aconselho a se mudar para cá não.
― Por que não? – o Motoqueiro
quis saber.
― Uberaba não é o bairro mais
tranquilo da cidade. E noite passada, uma família foi encontrada
morta em casa. – Valter contou.
― É mesmo? Alguma ideia de quem
possa ter feito isso? – Ian arriscou-se a perguntar.
― Não sei, mas para mim, isso foi
queima de arquivo.
― Por que diz isso? – o
ex-advogado se interessava cada vez mais.
― O pai trabalhava no Supermercado
Timeti e há uma semana, o filho começou seu primeiro emprego lá. É
muito estranho que tão pouco tempo depois do garoto entrar lá,
tenha acontecido isso. – Valter contou e opinou.
― Acha que o dono do mercado fez
isso? – Ian perguntou.
― Acho melhor a gente parar de falar
sobre isso. – a mulher do caixa disse.
― Tem razão, desculpe-me. – Ian
disse e saiu.
O sol já estava se pondo, quando os
dois amigos se encontraram no ponto que haviam combinado, no limite
do bairro.
― E então? – Ian quis saber.
― Parece que o filho mais velho da
família, tinha começado a trabalhar no mesmo local do pai, um
mercado aqui do bairro e então viu o que não devia. O dono do
mercado, um tal de Timeti, estava lavando dinheiro e traficando
drogas. O garoto, que era auxiliar de estoque, entrou onde não era
autorizado e viu tudo. Por causa disso, eles mudaram de lugar. E para
onde, eu não sei. – Borba contou.
― Como descobriu tudo isso? – Ian
estava espantado.
― Interroguei um dos funcionários
do mercado. Não se preocupe, depois eu o matei e joguei seu corpo no
mato. – o ex-militar explicou.
― Certo, então vamos descobrir onde
esse assassino, traficante e lavador de dinheiro está escondido. –
Ian disse e os dois entraram na Hilux.
Raquel estava revendo tudo que tinha
do caso da família esquartejada. Através das evidências e
testemunhas, ela havia descoberto a ligação da família com o
Supermercado Timeti. Seguindo os últimos passos do filho mais velho,
ela encontrou um salão vazio nos fundos do mercado, mas que
claramente tinha sido desocupado às pressas.
Os peritos estavam analisando as
evidências do novo local, enquanto ela refletia. A partir do momento
em que encontrou aquele salão, o dono do estabelecimento, Arão
Timeti, se tornou suspeito, mas ninguém conseguiu entrar em contato
com ele.
― Alô! – ela disse ao atender seu
celular. – Já estou indo. – avisou e saiu.
No Instituto de Criminalística,
Mateus e Ana esperavam pela detetive.
― O que têm para mim? – ela
chegou perguntando com ansiedade.
― Analisando as pegadas que
encontramos no salão do mercado, achamos traços de terra, que
descobrimos ser de outra região do estado e apenas Materiais de
Construção especializados têm. – Mateus disse.
― Procuramos por pedidos de
caminhões de terra no Uberaba e encontramos apenas um. Ele fica
perto de um grande barracão, que está há anos abandonado. – Ana
informou.
― Bom trabalho, pessoal. Me passem o
endereço. Vou chamar a equipe tática e hoje mesmo, pegaremos quem
quer que tenha matado aquela família. – Raquel disse.
Não se o motoqueiro, quer dizer Pickupeiro fantasma chegar primeiro.
ResponderExcluirups... das trevas.
ResponderExcluirAi, ai, ai... Mais um encontro entre a Raquel e o Ian? o.o
ResponderExcluirSó o que me falta é ela também levar a Hilux embora e obrigar o Ian a usar uma bicicleta. :/