quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Conspiração Temporal T02C18

AS DISCÍPULAS DE BALTAR

Enquanto engatinhava pelo dutos de ventilação da AgEsp, Duda se lembrava da última coisa que Baltar lhe disse.
― Nos últimos cinco dias, você alcançou um nível que muitos demoram anos. Também foi a primeira vez que ensinei de modo tão intenso para alguém. Então, lembre-se, você pode estar bem para alguém que treinou cinco dias seguidos, mas a Érica vem treinando há mais de dois anos. – o espião disse. – E não esqueça, a sua luta com ela não é o foco principal. Se ver que não vai ganhar, fuja. Não há vergonha nenhuma nisso. Conversaremos através dos comunicadores quando necessário. – ele concluiu.
Segundo uma dica dele, a loira ficou sabendo que a Agente E malhava todas as manhãs bem cedo. E era para lá que Duda se dirigia. Depois de muito estudar as plantas da Agência de Espionagem, a garota sentia que já conhecia o prédio há tempos, mesmo tendo ido só uma vez.
Ela pulou do duto e deu poucos passos até a entrada da academia da AgEsp. Sua oponente não demorou para vê-la.
― Então você veio me derrotar? – Érica disse quase rindo.
Duda avançou em seu traje de ninja, apenas andando normal. Então, a voz de Baltar surgiu em sua mente. “Não espere pelo primeiro golpe, pegue-a desprevenida”. E foi o que ela fez.
― Veio para me derrotar ou para me admirar? – a espiã provocou quando a ninja loira parou a três passos dela.
Érica recebeu um soco como resposta. A surpresa do impacto a fez recuar um passo, isso deu tempo para Duda engatar uma joelhada na barriga da espiã. Em seguida, a ninja pegou na gola da camiseta e na cintura de Érica, girou-a e a jogou contra uma barra vazia que estava em um suporte.
“Eu treinei a Érica para usar qualquer coisa do ambiente como uma arma e é isso que ela sempre faz. Esteja preparada para fazer o mesmo.” A voz de Baltar falou na mente de Duda.
A espiã pegou a barra com a qual colidiu, e que devia pesar 10 quilos, e a bradou contra sua oponente. A ninja loira olhou ao redor procurando por uma barra também, mas quando viu, Érica já avançava contra ela. Duda desviou da primeira estocada e depois pulou quando a espiã tentou um golpe lateral.
De barra na mão, a loira pôde se defender melhor. Aço contra aço, o som retiniu e Duda sentiu o impacto em seus músculos, enquanto Érica não aparentava nenhuma reação. A espiã tentou uma rasteira com a barra, mas sua adversária pulou e jogou a barra contra ela, que abaixou a cabeça rapidamente antes de ser atingida. Quando Duda pôs os pés no chão, Érica deu a segunda a rasteira, e esta deu certo.
― Muito bem, vamos ver quem está por trás da máscara. – a espiã disse confiante na vitória.
Lembrando do treinamento, Duda deu um pulo e ficou de pé.
― Ela é rápida também. – Érica elogiou, enquanto as duas deram um tempo para respirar.
“Mantenha seu jeito silencioso. É difícil vencer o silêncio.” Duda lembrou das palavras de seu mestre. A loira investiu novamente, mas dessa vez Érica se defendeu de todos os golpes. “Ela está atenta agora.” Duda pensou.
― O que foi? Perdeu o gás? – a espiã provocou.
“Não tenho como vencer. Ela é bem melhor.” A loira concluiu e passos foram ouvidos no corredor. As garotas olharam para a porta e Duda aproveitou para socar sua oponente desprevenida. Quando se recuperou do golpe traiçoeiro que levou, Érica viu a ninja correndo e pulando para o duto de ventilação.
― Volta aqui, sua vadia loira. Essa luta não acabou. – a espiã gritou, mas não conseguiu impedir a fuga da ninja.
― Érica, está tudo bem? – Baltar perguntou surgindo atrás da morena.
― Baltar, que bom que está aqui. Tem uma invasora no prédio. – ela disse. – Precisamos avisar ao Krusma.
― Você precisa ir à enfermaria cuidar desse nariz. – o espião falou à ex-discípula. – Deixa que eu falo com Krusma. Mantenha isso em segredo, sim? Não queremos causar pânico para os novos espiões em treino. – Baltar disse e saiu.


Ao entrar em sua sala, Krusma se deparou com uma garota loira sentada em sua cadeira, lendo um fino fichário, com os pés em cima da mesa.
― Quem é você? E o que faz na minha sala? – ele esbravejou e a garota o olhou e fechou o que estava lendo.
― Ela é a nova espiã da agência. – Baltar disse surgindo ao lado do chefe.
― Baltar, o que você...? Agora, eu me lembro. Você é a namorada do Zé Mané, não é? – Krusma perguntou e a loira confirmou com a cabeça.
― Reconhece? – ela jogou o arquivo que estava lendo.
― É o dossiê do caso Parvo. Mas ele estava seguramente trancado no arquivo da agência. – o chefe disse surpreendido.
― Não tão seguro assim. – Duda disse.
― Você fez de novo, não é? – Krusma disse ao espião.
― Sim, mas relaxa, eu não quero seu cargo. Estou muito novo para ter um trabalho tão chato. Só acho que precisamos de um novo sistema de segurança. – Baltar disse. – Vamos, Agente D. Você tem se trocar para conhecer sua equipe.
― Equipe? Agente D? – o chefe admirou.
― O Daniel saiu há uma semana, então estamos com a vaga de Agente D livre. E, sim, uma equipe. Achou que eu queria uma parceira? Sabe que eu trabalho sozinho. – o Agente B piscou para Krusma e saiu com Duda em seu encalço.

2 comentários :

  1. kkkk
    Então era a Duda.
    Acho que esta briguinha tem mais do que treinamento. Bateu um ciuminho do Zé.

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  2. Então além do o Baltar treinar a Duda ele ainda incentivou a luta?? Hahahah Imaginei ele comendo uma pipoquinha e vendo tudo enquanto pensava: "Bom, acho que seria demais se eu tivesse pedido que ela passasse óleo no corpo e usasse uma regata branca..."
    Fiquei torcendo pra a traiçoeira da Duda levar umas porradas. ;X
    ^^'

    Beijo.

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