TESTEMUNHAS
― Consegui! – Léo vibrou e chamou
a atenção de Facada.
― O que? – o atirador de facas
perguntou.
― Finalmente quebrei a segurança
do sistema eletrônico da empresa do Barton. – o técnico de informática disse.
― E isso adianta alguma coisa agora?
– Facada.
― Sim, com certeza. Agora
poderemos ter a prova que falta para o Joel sair livre e o Barton se complicar
de vez.
― Agora, vamos para as
testemunhas de cada lado. – o juiz decretou. – Primeiro, a acusação.
― A acusação chama o senhor
Wanderson Arrais. – Rosolen disse e um homem velho se levantou do público que
assistia o julgamento.
O homem sentou no banco de
testemunhas e fez o juramento. Logo na sequência, o promotor se aproximou para
questioná-lo.
― Era o senhor que estava na
recepção quando o Sr. Dasco chegou?
― Sim, senhor. – a testemunha
respondeu.
― Olhando naquele momento, o
senhor diria que ele é perigoso?
― Ele estava com uma expressão
séria e parecia bem nervoso. – o porteiro respondeu.
― Em comparação com as outras
pessoas que vão frequentemente visitar o Sr. Barton, o senhor diria que o Sr.
Dasco é uma delas? – Rosolen perguntou.
― Não, senhor. O Sr. Dasco é bem
diferente das pessoas que entram lá no prédio normalmente. – Wanderson
respondeu.
― Obrigado. Sem mais perguntas. –
o promotor disse e se sentou.
― Seu Wanderson, o senhor ficou
até depois do seu horário no dia em que o meu cliente foi ver o seu chefe, não
é? – Lívia perguntou.
― Fiquei, sim, senhora. – a
testemunha respondeu.
― Apesar da diferença para com as
pessoas que lá vão normalmente, como o senhor afirmou, o meu cliente lhe tratou
mal de alguma forma?
― Não, senhora. Como eu disse,
ele só estava nervoso com alguma coisa. – Wanderson disse.
― Obrigada. – a loira agradeceu e
retornou ao seu lugar.
― Só isso? – Joel reclamou.
― Relaxa, essa era a testemunha
deles. Na nossa, eu arrebento. – ela disse para acalmá-lo.
― A defesa tem alguma testemunha?
– o juiz perguntou.
― Sim, Meritíssimo. – Lívia
respondeu. – A defesa chama a Sra. Mayara Dasco.
A morena levantou e se dirigiu ao
banco de testemunhas. Passou pelo juramento, mas dessa vez foi Lívia quem
começou as perguntas.
― Como a senhora avalia o seu
casamento com o meu cliente? – a loira perguntou.
― Com altos e baixos, assim como
a maioria dos casamentos.
― E como diria que está agora? –
a advogada quis saber.
― Bem baixo, há algumas semanas
eu voltei para a casa da minha mãe. – Mayara respondeu.
― Por quê? O que houve? – Lívia
emendou.
― O último negócio do Joel não
deu certo e ele insistiu em fazer um empréstimo com um empresário conhecido
dele, uma grana alta. – Mayara disse. – Eu pedi para não fazer isso, mas ele
não me ouviu e eu disse que não iria fazer parte daquilo.
― No entanto, hoje a senhora está
aqui. – a loira disse.
― Ele é pai do meu filho e eu
ainda o amo. – a morena disse e respirou. – E eu não poderia deixar de vir...
ajudar a impedir que... o Joel seja condenado por algo que... ele não fez. –
ela conseguiu dizer depois de várias pausas.
― Sobre isso, a senhora acha que
seu marido seria capaz de roubar? – a advogada perguntou.
― Sim. – a testemunha respondeu e
surpreendeu a todos. Joel ficou sem entender e Barton sorriu. – Desde o momento
em que o conheci, Joel roubou meu coração e desde então roubou muitos beijos
meus. – ela disse e o réu respirou aliviado, enquanto o público ria e aplaudia,
e o juiz martelava por silêncio.
― Obrigada. Sem mais perguntas. –
a loira disse e voltou ao seu lugar. – Está bom para você? – ela perguntou para
Joel.
― Tirando o quase infarto que eu
tive, sim. – ele e sorriu, enquanto Rosolen levantava para interrogar Mayara.
― A senhora disse que está
semanas longe de seu marido. Como pode ter tanta certeza de que ele não roubou
durante esse tempo? – o promotor perguntou.
― Eu confio nele e, além disso,
tem as evidências para provar isso. – ela disse e provocou vários murmúrios no
público.
― A senhora é mesmo confiante,
não é? – ele devolveu.
― Sim, eu sou. – ela respondeu de
imediato, encarando-o.
― Sem mais perguntas. – ele disse
sem mais argumentos.
O juiz declarou intervalo para o
júri avaliar os testemunhos e as novas provas para definir o veredicto.
Enquanto tomava uma água e revia
alguns documentos em sua sala, o juiz foi surpreendido pela entrada de um rapaz
e um guarda.
― Senhor, desculpe, ele disse que
é urgente. – o oficial disse e o juiz deixou o rapaz entrar.
― Desculpe interrompê-lo, meu
nome Rômulo e sou perito. Hoje descobri algo que pode ser a prova que definirá
esse caso que o senhor está presidindo agora. – o jovem disse e entregou um
papel para o juiz.
― Os jurados precisam saber
disso. – ele disse e levantou o olhar. – Isso muda tudo, rapaz!
Vou ter que esperar para saber se foi o hacker que plantou a prova para ajudar o Joel.
ResponderExcluirÓ vida! rsss
*música de suspense* A quem a nova prova vai ajudar?? o.o
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