REINVENÇÃO
― Explica de novo por que você
não pode usar uma moto agora. – a advogada pediu.
― A aquisição de uma moto agora
ia dar na vista. A polícia sabe que eu estou sem moto, logo se eu voltasse com
uma nova, tudo que precisariam era descobrir quem a vendeu e para quem, no
caso, seria para mim ou o Borba. – Ian explicou. – É muito arriscado. Além do
mais, a Hilux do Borba vai dar para o gasto.
― Falando nisso, como você
conseguiu esse carro mesmo? – Carol perguntou ao ex-militar.
― Roubei de um traficante. –
Borba contou.
― Então, ficamos assim. Vocês vão
preparar o novo veículo e as armas, enquanto eu vou para casa pesquisar sobre
criminosos ativos e não punidos pela justiça. – a morena resumiu as funções.
― Exatamente. – Ian concordou e
levantou, sendo acompanhado pelos outros. – Eu te acompanho. – disse à morena.
― Tchau, Borba. – ela disse e
recebeu um aceno de volta. Abriu a porta da frente e se voltou para o
ex-advogado. – Você não vai sair hoje, não é?
― Por mais que eu não goste, hoje
ficarei em casa à noite. – Ian garantiu.
― Que bom. – ela disse e sorriu.
– Então, a gente se vê. – emendou e ficou olhando para os lados.
― Sim. – Ian disse e a puxou para
si, beijando-a intensamente. – A gente se vê. – se despediu ao soltá-la.
Ruborizada, a advogada foi
embora. O ex-militar se aproximou do amigo.
― E agora o que? – perguntou.
― Agora, você vai buscar sua
Hilux e o almoço para gente. – Ian disse.
Depois de um tempo, Borba voltou
com o veículo, duas marmitas e bebidas. Quando já estavam satisfeitos, o ex-advogado
listou o que teriam de fazer.
― Vamos começar com o carro.
Precisaremos colocar insulfilm nos
vidros, e claro, deixá-los à prova de balas. Temos de armá-lo tão bem quanto a
moto estava. E também, pôr câmaras de ar extras nos pneus para quando forem atingidos.
– Ian disse.
― Então, nosso trabalho será
reduzido pela metade. Esse carro já tem os vidros blindados e com insulfilm. – Borba contou.
― Ótimo. Então vamos começar com
as armas. – Ian definiu. – Ah, e depois do carro, temos que blindar seu sobretudo.
Suponho que seja o que vai usar nas noites.
― Sim, mas achei que seria apenas
o motorista. – Borba lembrou.
― Será, mas pode precisar sair do
carro eventualmente. Faremos igual ao meu uniforme. Ainda sabe costurar, não é?
– o ex-advogado perguntou.
― Sei. Podíamos ter pedido para a
Carol fazer isso. – Borba sugeriu.
― Se o tivéssemos feito, seríamos
dois homens mortos agora. – Ian disse e os dois riram.
No outro dia, Carol levantou,
tomou uma boa xícara de café e foi tomar banho. Quando voltou ao seu quarto
para pôr roupa, ligou a TV para ver as notícias. Em sua pesquisa do dia
anterior, muito lhe chamou atenção e ela fez várias anotações.
Enquanto, abotoava a camisa, ela
viu uma notícia que subiu em sua lista de prioridades. Decidiu que aquela seria
a próxima missão do Motoqueiro. Do jeito que estava, pegou seu celular e fez
uma ligação.
― Ian, bom dia. Acho que
encontrei um bom caso para vocês. – ela disse e esperou pela resposta. – Uma
família foi encontrada esquartejada no Uberaba. E lá não é um bairro conhecido
por sua tranquilidade.
Eu queria ter um brinquedinho assim.
ResponderExcluirO difícil é roubar do traficante rsss.
Ian, o Dexter brasileiro. :3
ResponderExcluirS2