quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Motoqueiro Das Trevas T02C10

REINVENÇÃO

― Explica de novo por que você não pode usar uma moto agora. – a advogada pediu.
― A aquisição de uma moto agora ia dar na vista. A polícia sabe que eu estou sem moto, logo se eu voltasse com uma nova, tudo que precisariam era descobrir quem a vendeu e para quem, no caso, seria para mim ou o Borba. – Ian explicou. – É muito arriscado. Além do mais, a Hilux do Borba vai dar para o gasto.
― Falando nisso, como você conseguiu esse carro mesmo? – Carol perguntou ao ex-militar.
― Roubei de um traficante. – Borba contou.
― Então, ficamos assim. Vocês vão preparar o novo veículo e as armas, enquanto eu vou para casa pesquisar sobre criminosos ativos e não punidos pela justiça. – a morena resumiu as funções.
― Exatamente. – Ian concordou e levantou, sendo acompanhado pelos outros. – Eu te acompanho. – disse à morena.
― Tchau, Borba. – ela disse e recebeu um aceno de volta. Abriu a porta da frente e se voltou para o ex-advogado. – Você não vai sair hoje, não é?
― Por mais que eu não goste, hoje ficarei em casa à noite. – Ian garantiu.
― Que bom. – ela disse e sorriu. – Então, a gente se vê. – emendou e ficou olhando para os lados.
― Sim. – Ian disse e a puxou para si, beijando-a intensamente. – A gente se vê. – se despediu ao soltá-la.
Ruborizada, a advogada foi embora. O ex-militar se aproximou do amigo.
― E agora o que? – perguntou.
― Agora, você vai buscar sua Hilux e o almoço para gente. – Ian disse.
Depois de um tempo, Borba voltou com o veículo, duas marmitas e bebidas. Quando já estavam satisfeitos, o ex-advogado listou o que teriam de fazer.
― Vamos começar com o carro. Precisaremos colocar insulfilm nos vidros, e claro, deixá-los à prova de balas. Temos de armá-lo tão bem quanto a moto estava. E também, pôr câmaras de ar extras nos pneus para quando forem atingidos. – Ian disse.
― Então, nosso trabalho será reduzido pela metade. Esse carro já tem os vidros blindados e com insulfilm. – Borba contou.
― Ótimo. Então vamos começar com as armas. – Ian definiu. – Ah, e depois do carro, temos que blindar seu sobretudo. Suponho que seja o que vai usar nas noites.
― Sim, mas achei que seria apenas o motorista. – Borba lembrou.
― Será, mas pode precisar sair do carro eventualmente. Faremos igual ao meu uniforme. Ainda sabe costurar, não é? – o ex-advogado perguntou.
― Sei. Podíamos ter pedido para a Carol fazer isso. – Borba sugeriu.
― Se o tivéssemos feito, seríamos dois homens mortos agora. – Ian disse e os dois riram.


No outro dia, Carol levantou, tomou uma boa xícara de café e foi tomar banho. Quando voltou ao seu quarto para pôr roupa, ligou a TV para ver as notícias. Em sua pesquisa do dia anterior, muito lhe chamou atenção e ela fez várias anotações.
Enquanto, abotoava a camisa, ela viu uma notícia que subiu em sua lista de prioridades. Decidiu que aquela seria a próxima missão do Motoqueiro. Do jeito que estava, pegou seu celular e fez uma ligação.

― Ian, bom dia. Acho que encontrei um bom caso para vocês. – ela disse e esperou pela resposta. – Uma família foi encontrada esquartejada no Uberaba. E lá não é um bairro conhecido por sua tranquilidade.

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