– Fratello mio! – Giovanni disse
ao abraçar Toni.
– Giovanni! – o caçula respondeu.
Os dois irmãos se separaram e então foi a vez de Ana abraçar o Giovanni.
– Vejo que cuidou bem da minha menina, rapaz. – ele disse para Carpo
assim que Ana o soltou.
– Eu lhe dei a minha palavra, senhor, e eu sempre cumpro a minha palavra.
– o economista disse.
– É muito bom saber disso.
Após as apresentações, todos se sentaram em volta do centro de mesa da
sala de estar. No sofá do meio, de três lugares, estava Toni na extremidade
direita, seguido por Bárbara e Glória. Ao lado do ex-mafioso em uma poltrona,
estava Giovanni. Na outra extremidade, próximos a executiva, estavam Lucy, Ana
e Carpo, em um sofá de dois lugares.
Toni contou que logo após a saída do
grupo a Paranaguá, decidiu que teria de dizer a verdade, em parte porque não sabia
se o atendente dos correios iria guardar seu segredo ou não. Mas boa parte foi
por algo que Ana falou.
– O que? – ela quis saber.
– Os Martiniani. – ele disse.
Continuando sua narrativa, o ex-mafioso explicou que contou para o irmão com
o número que havia conseguido pelo celular de Ana, em um momento depois do
almoço. Após 26 anos sem se falar, eles tinham para conversar, mas Toni usou o mínimo
de tempo possível para colocar o irmão por dentro da situação e convencê-lo a
ir para Curitiba.
Ponderando os argumentos do mais novo, Giovanni disse que tentaria chegar
ainda naquele dia. Andando de um lado para o outro, segurando a ansiedade que o
consumia e absorto em seus pensamentos, Toni foi interrompido pela campainha.
– Toni De Lucca? – Glória perguntou assim que a porta foi aberta.
– Deixa eu adivinhar: Glória? – ele perguntou.
– Você já conheceu a Anita e a Lucy, né? – ela disse, entendendo.
– Sim. – ele confirmou. – Entre.
– Pouco depois, vocês chegaram. – Glória acrescentou.
– Então, tio Toni, por que não nos conta o que o nonno Pepe lhe disse? – Ana sugeriu.
– Certo. Meu pai me disse que ele não ia entregar uma caixa para cada um,
mas sim todas para mim, e eu deveria, quando achasse mais apropriado, entregar
aos outros. – ele disse.
– O momento apropriado. – Giovanni resmungou.
– Uau! Don Cesca queria mesmo que vocês trabalhassem em conjunto hein! –
Carpo exclamou e levantou.
– Como assim, Carpo? – Ana perguntou, curiosa.
– Vejam só: o Sr. Toni deveria receber todas as caixas e repassá-las aos irmãos;
o Sr. Giovanni deveria contar às famílias sobre o passado mafioso; e o Sr. Carlo
deveria dizer que as caixas só abrem se estiverem juntas e ao mesmo tempo. –
ele disse e a última informação surpreendeu os ex-mafiosos.
Depois de explicado sobre o segredo do pai de Glória, Toni decidiu.
– Acho que está na hora de abrir aquelas, não concordam? – ele disse.
– Ótima ideia, tio Toni. – Lucy concordou.
– Giovanni, Carpo, ajudem-me a trazer. – ele chamou.
Os três voltaram com três caixas de tamanhos diferentes. Uma mais alta e
retangular; outra quadrada e mais baixa que a primeira; e uma terceira mais
baixa que todas e também retangular. Elas possuíam nas laterais, dispositivos
que as uniam.
O centro de mesa foi substituído pelas caixas, que, após serem encaixadas
ficaram em ordem crescente parecendo uma pequena escada. Cada uma das Cesca
ficou de frente para sua caixa correspondente. Toni e Giovanni decidiram deixar
suas filhas terem a honra junto com Glória. O tamanho das caixas concordava com
a idade das primas.
Os três homens e Lucy estavam em frente a elas assistindo, enquanto elas
colocavam as chaves e preparavam para girar.
– No três. Um, dois... três! – Ana contou e todas abriram ao mesmo tempo.
Cada uma abriu sua caixa, e todas se surpreenderam com o conteúdo.
– Só isso? – Glória criticou. – Achei que estaria cheia de jóias. Só veio
um anel com um papel dentro. – ela disse retirando o papel.
– O que ta escrito? – Carpo quis saber.
– Espera, está em italiano. – ela disse e leu algumas vezes. – Diz aqui: “Para
você, meu filho Carlo, lhe dou um anel de rubi para que lembre que rubi não é
nada sem a safira e a esmeralda.”
– Que confuso. – Lucy disse.
– Também achei. – Glória concordou. – O que veio na sua, Anita?
– Um envelope com uma moeda de ouro e um bilhete. Lê prima. – Ana pede.
– “Para você, meu filho Giovanni, lhe dou uma moeda de ouro para que lembre que um mafioso sempre guarda seu ouro em casa.”
– Bárbara? – Ana pergunta.
– Veio um quadro e um bilhete enrolados. – ela disse e passou o bilhete
para Glória ler.
– “Para você, meu filho Antonio, lhe dou essa pequena obra para que
lembre que a arte deve ficar em sua terra natal para ser vista e admirada.”
– O que quer dizer tudo isso? – Lucy perguntou.
– Que seu bisavô nos enganou. Ele nunca mandou ou teve a intenção de
mandar o tesouro para o Brasil. – Giovanni concluiu.
– E o que vamos fazer agora? – Carpo perguntou, sem ideias.
As três Cesca se entreolharam, sorriram e Ana falou por todas.
– Nós vamos para a Itália!
Eitaaaa, gosti! Óiaaa!
ResponderExcluirSério, ficou muuito bem elaborado. o.o
E como assim? Agora todos vão pra a Itália? Carpo também? Os véios também? Tô curiosa.
Dá pra postar o próximo capítulo hoje a noite? ^^
Beijos.
kkkkkkkkkk vai confiar em mafioso, vai? Dá nisso, são todos enganados. Agora é realmente ir atrás do tesouro...
ResponderExcluirGostei da narrativa Ricky.
Beijokas doces
Oi Ricky!
ResponderExcluirTudo bom contigo?
Ah eu notei o traço dos seus desenhos..vc se baseeou em algum mangá específico?
Sobre a personagem Luxúria...a cena da quebra de nozes aparece na tirinha de zoeira da autora do mangá não sei se essa cena tem no anime, mas é engraçado!
E como anda seus contos? Já está fervilhando com novas idéias? De onde vc tira tanta inspiração? o.o
bjs!!
A cara de decepção da Glória está bastante nítida no desenho, hein? UHUAHUA por um minuto pensei que a aventura iria acabar por aqui, mas você não seria tão óbvio assim... Tinha que mandar esse povo pra Itália UAHUA
ResponderExcluirAinda não decifrei, mas é claro que o velho mafioso queria que achassem a fortuna unidos. Será que conseguem?
ResponderExcluirE o Diogo vai aparacer?
Vamos para o próximo capítulo.