Não foi fácil convencer Krusma a conceder um mini helicóptero motorizado
com 3m de comprimento e 1m de altura, e armado com duas metralhadoras de alta
pressão com capacidade de 10 tiros por segundo. Mas mais difícil ainda foi
convencê-lo a deixá-los usar um helicóptero de verdade.
– Para que vocês querem um helicóptero? – Krusma esbravejou.
– Ora, você mesmo disse que Parvo não é confiável. Precisamos de um meio
de fuga. – Zé explicou.
– E quem vai pilotar? Já disse que não vou ceder ninguém para essa
missão. – Krusma lembrou.
– Rob e Joca. Eles são muito bons. – Zé respondeu.
– Ah é? – o chefe disse sem acreditar.
– Os melhores do país, senhor. – Rob confirmou.
– Como podem provar isso? – o chefe quis saber.
– Arranje-nos um helicóptero e te provamos. – Joca disse.
– Muito bem. – Krusma concordou.
O plano de Zé era simples. Ele e Érica iriam até o prédio da empresa de
Parvo e entrariam pela porta da frente, já que o empresário os estaria
esperando. A espiã levaria um envelope com as cópias impressas e um pendrive
com as cópias eletrônicas das provas que incriminavam Parvo.
Numa hipótese perfeita e honesta, eles seriam levados para uma sala, na
qual Duda já estaria. Érica entregaria o envelope e todos sairiam livres como
se nunca tivessem estado ali antes. Mas é claro que Zé não contava com essa
possibilidade, ele estava pensando no pior.
Eles seriam levados para uma sala, em que estariam sozinhos com Parvo e
seus seguranças. Desarmados e sem defesa, pelo menos para o empresário, seria a
situação perfeita. Na ideia de Zé, esses seriam os papéis dele e Érica.
– Onde vocês aprenderam a pilotar helicóptero? – a espiã perguntou,
enquanto seguiam para o heliporto da agência.
– Battefield. – Joca respondeu, deixando a menina de olhos arregalados.
Maurição faria uma parte muito importante: o resgate de Duda. Ele
entraria como um executivo, de terno e gravata, ao mesmo tempo em que Érica e
Zé. Assim, com os companheiros ocupando a recepcionista, ele chegaria aos
elevadores facilmente.
Rob e Joca ficariam no topo do prédio, dentro do helicóptero e com seus
laptops entrariam no sistema do edifício para dar suporte a Maurição e
direcioná-lo até a garota loira. Assim que entrasse no elevador, o rapaz
musculoso iria trocar de roupa, do terno passaria para um uniforme de
faxineiro.
Zé tinha certeza que, após receber e verificar o envelope, Parvo iria
mandar matá-los. Nesse momento entraria o mini helicóptero para dar cobertura.
A partir daí, ele e Érica só precisariam ir ao heliporto do prédio e fugir com
os dois rapazes que os esperavam. Isso, claro, assim que Maurição já estivesse
com Duda em segurança.
– E então, rapazes? Vocês não são os melhores do país? – Krusma provocou
após 5 minutos esperando.
– Devíamos ter pedido um helicóptero de guerra. – Rob disse.
– Calma! Deve ter algum padrão parecido. – Joca disse e apertou um botão
que acendeu um painel. – Não disse? É isso. – ele sorriu animado e começou a
apertar uma série de botões que acabou ligando o motor e fazendo a hélice
girar, movimentando a grande máquina.
Um grande vento se formou devido ao trabalho da hélice. Do alto, Joca
gritou.
– ASSIM ESTÁ BOM PARA O SENHOR?
– SIM! AGORA POUSEM! – Krusma mandou.
Já habituados com os novos comandos, eles desceram mais facilmente.
– E então, senhor? O que acha do meu plano? – Zé quis saber.
– É muito bom, rapaz. Pode seguir em frente. – Krusma
aprovou.
Uia... E é um plano bom mesmo. Ele não está tão mané. Aí sim. ^_^
ResponderExcluirO amor opera milagres! Hahay! Pela primeira vez, Erica não foi o foco do capítulo. \o/
Beijos.
Os neguinhos são malucos, isto sim rsss
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