domingo, 29 de abril de 2012

Martiniani


Enquanto voava de volta para a Itália ao saber que suas inimigas haviam decidido ir para lá, Marco Martiniani se lembrava da época em que sua família se tornou a dominante no país.
Após a morte de Don Cesca, Don Martiniani mandou incendiar a casa do inimigo. Sabendo desse fato, as famílias que não fugiram, decidiram se juntar aos Martiniani, assegurando-lhes o poder que tanto queriam. Naquele tempo, Marco estava afastado da máfia a pedido de seu pai, Vincenzo.
Marco tinha um filho de 2 anos e sua mulher já esperava outro. Assim que a situação ficou mais tranquila após a queda das famílias mafiosas, Vincenzo deixou que seu único filho voltasse aos negócios. Com o passar dos anos e a velhice chegando, Don Martiniani adoeceu e faleceu, passando seu título para Marco.
Seus filhos, Bruno e Marcelo, cresceram e tomaram seus lugares nas empresas da família, mas não tinham aquela paixão mafiosa do pai e do avô. Eles ouviram a história de seus antecedentes e sabiam seu papel na família, mas ainda assim, não tinham a empolgação que Marco esperava. Bem por isso, ele mesmo veio para o Brasil encontrar as Cesca.
Ele tomava um copo de uísque quando viu a arquitetura conhecida da Itália pela janela do avião. Estava chegando em casa. E, de repente, aquela mudança de cenário tinha sido boa, afinal aquele era o terreno dele. As Cesca não teriam chance em um lugar em que os Martiniani mandam.


O mais rápido que pôde, Glória conseguiu vistos para todos e eles seguiram, no avião particular da Barbatto Construções, rumo à Itália.
– Você tem bastante recursos, minha sobrinha. – Giovanni comentou.
– Pois é, tio. O divórcio tem suas vantagens. – ela disse.
O grupo aproveitou a viagem para se conhecer melhor, principalmente, as primas entre si. Durante a conversa feminina, os dois ex-mafiosos foram se trocar.
Então, Carpo se viu em uma situação inédita até o momento. Ele estava sozinho em um lugar com as quatro Cesca. Elas entraram num assunto de roupas e cabelo. O rapaz fechou os olhos e tentou dormir. Em seus sonhos, ele ouviu a conversa das primas mudar de rumo e chegar até ele. De repente, elas estavam brigando por ele, mas aí viram que era inútil e o procuraram.
Ele deveria decidir com qual queria ficar, mas não conseguia. No fundo ele queria poder ficar com todas. Sabia que não poderia, mas esperava ter mais tempo para pensar nisso, não com os pais de duas delas no cômodo ao lado. Elas o pressionavam, criticavam umas às outras, fazendo-o suar e se desesperar, quase não querendo nenhuma.
– Carpo! – Ana o chamou, notando o suor e seu sono inquieto.
– AHH! – ele acordou sobressaltado. – O que? Ana! – ele disse se acalmando. – O que houve?
– Acho que você teve um pesadelo, mas está tudo bem agora. – ela disse. – Ah! Uma boa notícia. Estamos chegando! – ela informou com um sorriso.
Giovanni e Toni voltaram vestindo seus ternos pretos risca-de-giz, com camisa cinza e gravata preta e camisa branca e gravata cinza, respectivamente.
– Qual é o plano? – Bárbara perguntou.
– Vamos encontrar a herança que o avô de vocês nos deixou e voltar para o Brasil! – Giovanni respondeu.
               Ao pousarem, dois carros os esperavam. Após embarcarem foram levados para o hotel que ficariam.

2 comentários :

  1. "No fundo ele queria poder ficar com todas." Carpo jurando que o nome dele é Mohamed e que ele mora na Arábia Saudita.

    kkkkkkkkk Coitado.
    E Marco Martiniani, hein? Quanto rancor no coração... Isso faz nem bem. Cheiro de encrenca no ar....

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