terça-feira, 17 de abril de 2012

Encenação


Sem precisar se preocupar em não fazer barulho, o grupo avançou de modo considerável e, nas duas horas que se seguiram, terminou de saquear todo o andar inferior. Tecno Léo até colocou uma música para eles ouvirem, com volume suficiente para se ouvir em todo o shopping, mas não do lado de fora.
Incrivelmente, não havia seguranças do lado de fora, apenas as câmeras e os alarmes, que seriam facilmente anulados por Léo. Eles juntaram todas as malas cheias das jóias roubadas e foram até a entrada/saída da extremidade.
– Enfim terminamos! – Facada comentou.
– Quase, ainda falta uma coisa. – Joel informou. – Bomber!
– Na escuta, Joel, e pronto para a próxima fase.
Bomber guiou o líder do grupo até a sala de monitoramento, enquanto Taís e Facada esperavam próximos à porta. Assim que entrou, Joel notou os seguranças desacordados e caídos em suas cadeiras. Bomber girou a sua e ficou de frente para o amigo.
– Fez um bom trabalho aqui. – Joel elogiou.
– Obrigado. Já são 3h da manhã. – o infiltrado lembrou.
– Sim, são. Está pronto para nossa encenação? – ele perguntou.
– Estou! – Bomber afirmou e se viu na mira da arma do amigo.
O mais musculoso empurrou o braço de Joel para fora tentando desarmá-lo, este apenas atirou contra a parede. Bomber fingiu dar um soco no rosto do amigo, que fingiu cambalear para trás, pegou embalo e encostou a sola do pé em sua barriga, empurrando-o levemente em direção a sua cadeira.
– Imagino que vai querer me amarrar antes. – Bomber disse.
– Sim, depois de inconsciente, o corpo fica mais pesado. – Joel disse.
Bomber assentiu com a cabeça e deixou o amigo o amarrar na cadeira. Joel amarrou as mãos do agente duplo atrás da cadeira, depois envolveu a corda em seu tronco e o prendeu também. Para finalizar juntou os pés com um nó.


– Você não quer que eu tente com um soco primeiro? – Joel ofereceu.
– Com todo o respeito, meu amigo, mas um soco seu não vai me derrubar. – Bomber falou.
– É, eu sei. – Joel concordou. – Ta pronto? – ele disse pegando um pedaço de pano.
– Sim!
– Últimas palavras? – Joel perguntou com o pano a 5 cm da boca do amigo.
– Consiga muito dinheiro com aquelas jóias.
– Eu vou. – Joel garantiu e amordaçou Bomber. – Até daqui a dois dias, Grandão. – o líder do grupo perguntou após girar o revólver em sua mão e impulsionar seu braço para trás.
Bomber assentiu e levou uma coronhada na cabeça que o fez desmaiar. Joel pegou todo e qualquer equipamento que pudesse ligar o amigo com o roubo das lojas. Correu escada abaixo ao mesmo tempo em que falava com Léo.
– Abra a porta da extremidade, aquela pela qual entramos.
– Abrindo entrada B do shopping. – ele disse e digitou o comando no laptop.
Enquanto os três companheiros esperavam a porta abrir, o primeiro segurança a ser atingido pelo tranquilizante acordou. Ele olhou ao redor e logo notou as joalherias arrombadas e sem seus produtos. Tentando se lembrar do que havia acontecido, mas sem sucesso, ele chegou a única conclusão possível.
Um grande alarme soou e a porta que já estava metade aberta voltou a fechar. Joel e os dois amigos tiveram que pensar rápido e rolar para sair do shopping.
– Caraca! O que foi isso? – Facada quis saber.
– Alguém disparou um alarme, Joel. Já tem viaturas da polícia a caminho. – Léo informou.
– Muito bem. – Joel disse, coçando o queixo. – Facada, Taís e Léo, sigam pela rota 1. Charger e eu vamos pela rota 2. Desce aqui, amigão. – ele disse para o mecânico. – A gente se encontra em dois dias no esconderijo!

Um comentário :

  1. Fiquei passada. QUEM acionou o alarme? Quero spoiler... Fiquei curiosa... Não tava todo mundo desacordado? Como assim? O.O

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