– É bom que seja importante, Beckert, para me fazer sair da minha sala. –
Jonas Parvo disse ao chegar à sala de seu funcionário.
– E é, chefe. Adivinha quem é essa aqui? – o capanga perguntou e girou a
cadeira em que Duda estava amarrada e amordaçada, de frente para o empresário.
– Não sei, uma repórter que descobriu demais? – ele chutou.
– Melhor. Essa é a namorada do Zé Mané. – Beckert disse e um sorriso
iluminou o rosto de Parvo.
– Oh, agora sim eu estou vendo resultados. – o empresário falou. – Então
essa mocinha é a namorada do rapaz que tem me dado tanta dor de cabeça?
Parvo rodeu a menina, que gemia e fazia caretas, tentando entender o que
estava acontecendo. Depois de dar uma volta completa, ele concluiu.
– Acho que agora temos uma moeda de troca, não, meu caro Beckert?
– Sim, senhor, nós temos. Era exatamente nisso que eu estava pensando. Já
até separei o celular dela com o número dele. O senhor só precisa ligar. – o
segurança disse.
– Hum... – o empresário resmungou, notando os préstimos do funcionário. –
Muito bem, Beckert, irei te recompensá-lo depois disso tudo.
– Obrigado, senhor. – ele agradeceu e sorriu.
Com o celular na mão, Parvo ligou para Zé. Enquanto todos o olhavam,
começou a chamar.
– Ele disse que já está com o documento em mãos, deu uma olhada por cima
e irá expedir o mandado até às 17h. – Krusma informou após desligar.
– Então, hoje, essa missão terá fim? – Érica perguntou.
– Sim, agente E, hoje acaba. – Krusma confirmou.
– Eu já posso ir embora? Talvez ainda dê para recuperar o emprego que eu
nem comecei. – Zé pediu.
– Não! – Érica e Krusma responderam em coro.
Nesse momento o celular do rapaz tocou.
– É a Duda. – ele disse ao ver pelo identificador de chamadas. – Oi, meu
amor, tudo bem? Achei que eu ia te ligar depois. – ele disse ao atender.
– Olá, Zé Mané, creio que não nos conhecemos ainda, meu nome é Jonas
Parvo, sou um empresário e você tem algo que me interessa, assim como eu tenho
algo que te interessa. Por que não fazemos uma troca?
– Onde ela está? Eu quero ouvir a voz dela. – Zé disse e todos o olharam
ao perceberem que não era Duda do outro lado da linha.
– É justo. – o empresário concordou.
– ZÉ! O que ta acontecendo? – a menina disse ao ser desamordaçada.
– Calma, minha linda, eu vou te tirar daí, ta bom? Fica tranquila. – o
rapaz disse.
– Muito bem, eis como vai ser: você e sua amiguinha vão me trazer os
documentos que ela pegou do meu email, seja impresso ou eletrônico, quero todas
as cópias que vocês tiraram. Venham sozinhos ou ela morre. Vocês têm três horas,
se não vierem nesse tempo, ela também morre. Eu fui claro? – Parvo perguntou.
– Como água. – Zé disse conformado.
– Ótimo, estou no aguardo. – o empresário disse e desligou.
– Quem era, Zé? – Érica perguntou.
– Jonas Parvo. Ele sequestrou a Duda. – Zé disse e detalhou a conversa
para todos os presentes.
– Só nos resta esperar pelo mandado. – Krusma disse finalmente.
– Você ta maluco? – Zé gritou.
– Devo lhe lembrar, rapaz, que eu sou chefe dessa agência e você tem que
respeitar a mim e minhas decisões.
– Não me importa, você só pode ta doido se acha que eu vou ficar parado
enquanto minha namorada ta nas mãos de um empresário megalomaníaco que financia
as gangues da cidade. – Zé gritou e bateu as mãos na mesa de Krusma.
O chefe da AGESP olhou bem para o rapaz e notou a determinação em suas
palavras, não pôde deixar de admirá-lo por isso. Ao mesmo tempo não podia
autorizar uma missão de resgate sabendo que logo teriam o mandado.
– Eu concordo com o Zé, senhor. O mandado pode ficar pronto ainda hoje,
mas não sabemos do que o Parvo é capaz de fazer se não fizermos o que ele quer.
Além do que, nós temos a vantagem. – a espiã falou.
– Não posso mandar uma equipe de resgate, Érica, você sabe disso.
– Aqui está sua equipe. – ela disse abrindo os braços apontando os
outros. – Rob e Joca já foram treinados, Zé e Maurição já estiveram em campo e
eu estarei com eles. – ela rebateu.
– Ainda assim, vocês não podem simplesmente fazer o que ele quer. Sabem
que ele não vai cumprir com a palavra. – Krusma lembrou.
– Olha, tiozinho, eu tenho um plano, mas vou precisar de algumas coisas.
– Zé informou.
– Que coisas? – o chefe da AGESP quis saber.
Zé Mané(José Manoel rsrsrs) tem que agir mesmo, pois por causa dele a Duda está nas mãos do empresário megalomaníaco.
ResponderExcluirVamos ver se ele faz algo pra resolver o caso.
E seus contos sempre continuam ótimos né =D
ResponderExcluirBeijos
E eu concordo com Marly.
ResponderExcluirkkkkkk
Coitada, entrou de gaiata no navio.
E Zé finalmente está colocando a caixola pra funcionar. Olha só... Milagres acontecem. ;)
Beijos.
Tá ficando bom;
ResponderExcluirEspero que não falte luz agora rsss