domingo, 22 de abril de 2012

Em terreno inimigo


Rosário estava a seis meses como recepcionista e, mesmo passado o tempo de experiência, ainda achava que era vigiada e analisada, por isso sempre dava o seu melhor durante o trabalho. Assim que alguém entrava no prédio, ela sorria cordialmente, e foi o que fez numa bela tarde de sol, quando um casal chegou até ela.
– Queremos falar com o Sr. Parvo. – Érica avisou.
– Vocês têm hora marcada? – a recepcionista perguntou.
– Não, mas ele está nos esperando. – Zé respondeu.
Havia um protocolo padrão para atendimento, afinal o empresário não poderia receber pessoas sem hora marcada. Entretanto, tinha uma exceção, quando alguém dizia que ele estava esperando, e nesse caso, ela deveria ligar para confirmar, pois a maioria das vezes, Parvo recebia as pessoas.
Não foi diferente daquela vez, pelo telefone, ele disse a Rosário para mandar os dois jovens subirem. Concentrada e focada em seu trabalho, a moça não viu quando um homem musculoso de terno e gravata, e carregando uma mala entrou no prédio e se dirigiu ao elevador.
Ao subir 2 andares, o elevador, em que Maurição estava, parou. Ele olhou para a câmera do local e falou pelo comunicador.
– São vocês, rapazes?
– Quem mais seria, Maurição? – Rob devolveu.
– Pode trocar de traje tranquilo, nós estamos no controle de todos os aparelhos eletro-eletrônicos desse prédio. – Joca avisou.


Rob e Joca saíram da AGESP e chegaram à empresa de Parvo, antes de todos os outros. Após passarem no teste de piloto, eles pegaram os materiais de que precisariam: o mini-helicóptero; dois laptops; comunicadores; e dois combos do Burger King. Eles não tinham almoçado ainda.
Quando conseguiram chegar perto o suficiente do sinal do prédio de Parvo, eles acessaram e tomaram conta do sistema da empresa. Assim, puderam pousar no heliporto/terraço do prédio sem serem notados. Dessa maneira, quando Maurição entrou no elevador, eles já estavam prontos para guiá-los. O rapaz mais forte tirou o terno e revelou o uniforme da equipe de limpeza da empresa. Socou a outra roupa na mala e ajeitou seu novo traje.
– Certo, rapazes, levem-me onde a Duda está. – ele pediu.
– Subindo até o sexto andar. – Rob disse apertando um botão.
Em outro elevador, Zé e Érica seguiam para o andar de Parvo.
– Décimo ela disse, né? – o rapaz disse, lembrando as palavras da recepcionista.
– Pessoal, tudo correndo conforme o planejado? – Érica quis saber.
– Sim, senhora. Tudo de acordo. – Joca respondeu.
– Ótimo. Você está pronto? – ela perguntou a Zé.
– Tenho outra escolha? – ele disse, sério.
As portas do elevador se abriram e dois homens armados os esperavam.
– Venham conosco! – Beckert disse com um sorriso e em seguida os empurrou com a arma.
O capanga da frente abriu a porta da grande sala do empresário. Érica e Zé novamente foram empurrados. Aos trancos, eles entraram no recinto, sendo recebidos pelo sorriso cínico e malvado de Parvo.
– Olá, sejam bem-vindos! Por favor, sentem-se! – ele disse de braços abertos.

4 comentários :

  1. Estou aqui imaginando o que aconteceu com o Parvo depois disso haha Tadinho, um homem tão bom =\ rs
    Bem criativo Ricky, mais um excelente conto.
    Beijos
    Sah

    __
    saahandradee.blogspot.com.br
    @qualsabrina
    @raasck
    ~

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  2. Rickynho, tudo bem?
    Adoro tuas histórias, muito criativas, cheias de personagem e ação.
    Nesta parte aqui, confesso que fiquei com inveja dos personagens:
    "Quando conseguiram chegar perto o suficiente do sinal do prédio de Parvo, eles acessaram e tomaram conta do sistema da empresa. Assim, puderam pousar no heliporto/terraço do prédio sem serem notados."

    Adoraria fazer isso também! haha! Fiquei imaginando aqui.

    Beijos e te cuida!

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  3. Noossa, que recepção calorosa... Só faltou dizer: Vocês também podem escolher quem vai morrer primeiro.
    Que medo.
    kkkkkkkkkk

    PS: Ela simplesmente confundiu os personagens, pelo que eu entendi.
    Beijos.

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