quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Patricinha


Quando chegou ao pátio central do colégio, Diana viu Alex sentado e olhando as pessoas ao redor. Curiosa com o comportamento do amigo, ela foi falar com ele.
– O que está fazendo? – ela perguntou.
– Pensando em quem vou chamar pra chapa hoje. – ele disse.
– Já tem opções? – ela continuou o assunto, sentando ao seu lado.
– Sim, estou em dúvida entre a líder das patricinhas e o líder dos manos.
– Bom, seguindo a sua primeira linha de raciocínio, acho que deveria chamar a patricinha antes. – Diana opinou.
– Qual foi a minha primeira linha de raciocínio? – Alex perguntou confuso.
– Beleza e popularidade. Nós já temos o garoto mais bonito e popular do colégio, logo seria perfeito se também tivéssemos a garota mais bonita e popular. – ela explicou.
– É, faz sentido. – ele disse, abraçando a amiga de lado. – Eu não sei o que faria sem você, Di.
A garota ficou vermelha com o gesto de Alex e até pensou em retirar o braço dele, mas a verdade é que ela estava gostando das demonstrações de afeto recentes do amigo. Elas poderiam ser apenas pelo interesse de eleger a chapa para o grêmio e talvez depois ele não fosse tão afetuoso quanto estava sendo naquele momento, mas ela decidiu pensar nisso depois e aproveitar ao máximo a sua nova rotina.
Patrícia Lovato estava no sétimo ano, era loira e muito popular. Filha de um empresário bem sucedido, ela sempre teve tudo que quis, desde roupas à acessórios femininos. Com sua beleza e futilidade logo se tornou o exemplo das meninas igualmente favorecidas como ela. Não demorou muito para que o grupo das patricinhas surgisse.
Os meninos babavam por ela, as meninas invejavam seu estilo e suas roupas. O fato de seu sobrenome ser igual ao de uma famosa cantora pop dos Estados Unidos só fez aumentar sua popularidade. E não era só nas turmas do sétimo ano que ela fazia sucesso, até as meninas mais velhas a admiravam e tinham amizade com ela, embora algumas fizessem questão de mostrar o seu desprazer pela boa moda e penteado, como Diana do oitavo ano.
Ela estava contando às suas amigas sobre os próximos lançamentos de bolsas e calçados, quando se surpreendeu ao ver três pessoas, que ela nunca imaginaria ver juntas, indo em sua direção.


– Oi Paty, podemos conversar? – disse o garoto mais baixo no meio do grupo.
– O que você quer Alex? – ela devolveu secamente.
O rapaz olhou para Diana e se lembrou do que ela tinha dito para que Solano os acompanhasse no dia anterior.
– É sobre a sua popularidade. – ele disse em tom misterioso.
– O que tem ela? – a menina perguntou sem se mexer.
– Você não vai pedir pra suas amigas nos deixarem a sós? – Alex perguntou confuso por não ter dado certo o trunfo da popularidade.
– Por que eu faria isso? Não há segredo entre nós. Fala logo, que falta pouco tempo pra acabar o intervalo. – ela disse, ficando irritada.
– Nós queremos que você venha para a nossa chapa concorrer ao Grêmio Estudantil. – disse Diana.
– Então é por isso que você está com esses idiotas, Solano? – ela se dirigiu ao jogador.
– Eles não são idiotas, eles... é, é por isso. – ele respondeu sem saber o que dizer. - Nós podemos ser deuses, Paty. Imagine se todas as pessoas do colégio te admirassem e não apenas uma parcela. – Solano argumentou.
– Eu não ligo pra isso, não quero ser uma deusa. – ela disse.
Alex ficou feliz por ver Solano usar o argumento pelo qual ele entrou no grupo, mas percebeu que não iria dar certo e resolveu abordar de outra maneira.
– Então esqueça o título. – ele começou. – Pense no que você poderia fazer estando no grêmio. Concursos de moda, reuniões sobre moda, quem sabe até mexer no uniforme. – ele finalizou levantando uma sobrancelha.
O olhar da garota brilhou ao ouvir a parte do uniforme e pela primeira vez, ela parou pra pensar no assunto e rapidamente se decidiu.
– Muito bem. Eu to nessa. – disse ela estendendo a mão para Alex.
               O rapaz apertou a mão da mais nova integrante de sua chapa.

4 comentários :

  1. Paty é a futilidade personificada, hein?? kkkk Todo mundo já conheceu uma Paty Lovato alguma vez na vida!

    Eu já fui uma Diana: Apaixonadinha pelo amigo, fazia de tudo por ele e ele sempre dizia "o que eu faria sem você?" mas tudo NUNCA passava da amizade. kkkkkkk

    Falando em mexer no uniforme: quando eu estudava a minha turma do terceiro ano pôde personalizar o uniforme. Adivinha a cor que ganhou?? ROSA!
    kkkkk Uma cor mais "Paty"? Impossível.
    Até os meninos tiveram que usar (e até eles votaram a favor da cor).

    Beijos.

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  2. Ricky, esqueci de contar: Meu irmão falou sério o "pra onde?"
    Juro!
    Ele não falou brincando! kkkk
    Beijos.

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  3. Oi Ricky!
    Ah fico feliz em saber que meu blog e as postagens dele despertam o interesse das pessoas1 Mas bom acho que já disse isso né? =p Senão vou ficar repetitiva!
    Bom cada um tem uma opinião..em Angel Sanctuary a autora ousou ao mostrar que existem anjos bons e demonios maus mas tamvbém existe o contrário. E o mais interessante foi como ela colocou Lúcifer na história toda. Ele acaba sendo mais uma antagonista obrigado pelo próprio Deus a se rebelar do que um verdadeiro vilão.
    E em outras questões ela coloca que uma guerra tem sempre os dois lados...o que é interessante.
    Olha farei o possivel para tentar acompanhar os contos mas é que vivo na correria e não é fácil...to devendo um monte de coisas para ler e opinar para amigos!

    ps: li rapidmaente o conto...e achei esse interessante...pode ser batido mas curto esse lance de "colegial adolescente e seus dramas rs"
    bjs!

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  4. Adorei a historia...
    ah! Lay Santana esxiste um cor mais Pathy do que rosa... Rosa com gliiiiiiiter!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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