PROCURADOS
Duas semanas depois de terem arrumado
o sistema da empresa de telemarketing Comunik e de terem recebido o cheque de
10 mil reais do dono, o Sr. Monteiro, os três técnicos de informática mal
tiveram tempo para descansar. Dividiram o dinheiro, mas não saíram por aí
gastando tudo.
Pagaram algumas dívidas,
guardaram um pouco e investiram o resto. Com a propaganda e indicações feitas
pelos Sr. Monteiro, os Detetives Virtuais foram mais requisitados do que nunca.
Devido a sua tecnologia, eles conseguiam fazer manutenção dos computadores em
um tempo mais rápido do que os outros e com muito mais eficiência.
Enquanto isso, na empresa, o Sr.
Monteiro não poderia estar mais feliz, suas máquinas funcionando com o melhor
desempenho e o rendimento crescendo. Em um de seus comuns acessos ao site do
seu banco, para ver suas contas, o empresário quase teve um ataque cardíaco.
― Minhas contas... estão vazias!
– ele disse sem acreditar.
Em vez de chamar a polícia local,
Monteiro decidiu ligar para um conhecido seu da Polícia Federal, pois ele não
queria mais publicidade negativa rondando sua empresa. Um dia depois, o Agente
Porto e sua equipe apareceram na Comunik.
― Preciso saber tudo o que
aconteceu na empresa nos últimos 6 meses; quem tem acesso a essa conta e a esse
computador; e um café expresso, com creme e sem açúcar. – o agente disse ao
empresário.
― Tudo bem. Terá tudo o que
precisa. – Monteiro garantiu.
― E o que ainda está fazendo
aqui? Vai me buscar aquele café para que meus homens possam trabalhar. – Porto
gritou.
― Sim, senhor. – Monteiro disse e
saiu às pressas.
No fim da tarde, os agentes
federais chamaram o empresário na sala de segurança e mostraram um vídeo.
― Quem são esses? – Porto
perguntou.
― São os técnicos que arrumaram o
sistema de computadores há duas semanas. Eles se auto-intitulam Detetives
Virtuais. – Monteiro respondeu. – Por quê? – quis saber.
― Você acompanhou o trabalho
deles?
― Não, eles me pediram
privacidade e resolveram meu problema, então eu realmente não me importo. – o
empresário explicou.
― Pois deveria. Segundo essa
câmera aqui, – Porto disse e apontou para um dos monitores. – assim que você
saiu, eles simplesmente sumiram e só voltaram instantes depois de você voltar à
sala. Foi um intervalo de 6 horas.
― Você tem certeza? – Monteiro
perguntou sem acreditar.
― Sim, acredito que eles mexeram
com sua câmera e a deixaram mostrando aquilo que lhes era conveniente. – o
agente supôs. – Tem os nomes deles?
― Tenho o cartão, mas deve ter
mais informações no site. – o empresário disse.
― Não se preocupe, meu amigo, eu
vou encontrá-los e recuperar o seu dinheiro. – Porto garantiu e pôs a mão no
ombro do amigo.
Já era noite quando a campainha
do apartamento dos Detetives Virtuais tocou.
― Ué, quem será? O porteiro nem
avisou. – Kevin disse ao levantar para atender. – Parece gente importante, está
com um terno bonito. – ele informou os amigos ao ver pelo olho mágico da porta.
― Abre logo, Kevin. – Frank
disse.
― Pois não. – o técnico disse ao
abrir a porta.
― Vocês são Kevin Zouki, Frank
Grumwald e Victória Rodrigues, os vulgos Detetives Virtuais? – perguntou Porto.
― Depende, quem quer saber? –
Kevin retrucou.
― Polícia Federal, filho. E pela
sua resposta, já sei que são. Queiram me acompanhar, por favor. – o agente
disse, mostrando o distintivo e chamando os três amigos para fora do
apartamento.
"Depende, quem quer saber?". Me pareceu suspeito. Hahaha.
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