POLACO AZEDO
— Não sabemos como seremos recepcionados, por isso, Léo, quero que
melhore o sistema de segurança dos carros. Quero que depois que ligarmos o
alarme, se o mais leve fio de cabelo encostar nos veículos, haja uma grande
onda de choque e um barulho exorbitante. – Joel pediu.
— Considere feito. – Léo garantiu.
— Bomber, separa quatro pistolas e um pente de recarga para cada uma.
Eles vão nos revistar mesmo, então quanto menos levarmos, melhor. – Joel falou.
— Certo. – Bomber concordou.
— Charger, Taís, os carros estão prontos? – o líder quis saber.
— Sim. – eles responderam em uníssono.
— Ótimo! Então, assim que o Léo terminar a parte dele, nós seguiremos
para a Vila Zumbi. – Joel afirmou.
Polaco Azedo acordou e se espreguiçou no sofá de seu quartel-general, que
consistia em uma casa com sala, quarto e cozinha, sem as paredes, criando um
cômodo único, e o banheiro. Em um dos extremos da casa, havia a pia, o fogão e
uma mesa. Do lado oposto, foi construído um tablado, onde foi colocada uma
poltrona reclinável para o Polaco sentar e receber as pessoas.
Eram 17h quando o traficante sentou em sua poltrona para começar o “dia”.
Nesse momento, o porteiro do quartel-general entrou.
— Chefe, tem um grupo que quer falar com você. Dizem ser amigos do
Facada. – ele disse e esperou pela resposta.
— Reviste-os e deixe-os entrar. – Polaco decidiu e bocejou.
O grupo liderado por Joel entrou. Suas armas foram colocadas aos pés de
Polaco.
— Então, vocês são amigos do Facada? – Polaco começou.
— Isso mesmo, eu sou o Jo...
— Como encontraram meu QG? – Polaco interrompeu.
— Cara, você não sabe o poder que uma nota de 100 tem por essas bandas. –
Charger respondeu.
— Sr. Polaco... – Joel tentou chamar a atenção do traficante.
— Está me dizendo que subornou alguém para contar a localização do meu
QG? – Polaco devolveu para Charger.
— Achei que tinha deixado isso bem claro. – o mecânico retrucou.
— O CRIOULO SEQUESTROU O FACADA! – Joel gritou.
— Como é que é? – Polaco disse. – COMO VOCÊ OUSA GRITAR AQUI? SÓ EU POSSO
GRITAR AQUI! – o traficante revidou e levantou.
— Ih, rapaz, agora eu sei porque chamam ele de azedo. – Charger disse.
— Perdoe-me. – Joel disse e baixou a cabeça. – Viemos aqui, pois o Facada
me contou sua história e de como ele o ajudou ao contar os planos do Crioulo
Doido, seu antigo mentor. – Joel discursou. – Imaginei que devido a sua rixa
com o Crioulo e qualquer traço de gratidão que possa ter pelo Facada, você
pudesse nos ajudar a resgatar nosso amigo.
— Humm... – Polaco gemeu e sentou, fez um sinal acalmando seus homens,
que estavam com as armas apontadas desde que Joel gritou. – Eu entendo.
Realmente, o Facada evitou uma grande guerra aqui na vila. – ele disse.
— Será que você poderia nos ajudar, Grande Polaco Azedo? – Joel disse e
agachou apoiando-se em um dos joelhos, fazendo uma reverência.
Ao verem aquilo, Charger e os outros o imitaram. O traficante ficou
impressionado com a cena. Nunca ninguém havia feito algo daquele tipo.
— Muito bem! Eu os ajudarei. Mas com uma condição: tudo do Crioulo será
meu, inclusive sua área de domínio do tráfico. – Polaco disse.
— Está combinado. – Joel aceitou sem disfarçar o sorriso.
— Então, vamos. Precisamos armá-los melhor. Só com essas pistolas, vocês
não chegam a uma quadra de distância do Crioulo. – o traficante avisou, abriu a
porta e saiu. – Oh! Esses são seus carros? – ele espantou-se ao ver o Charger
prata e o Chrysler preto. – São tão bons quanto são bonitos? – ele disse e
encostou a mão em um deles.
— Espera! – todos do bando de Joel gritaram, mas era tarde demais e o
Polaco Azedo levou o choque programado pelo novo sistema de segurança.
— Bom, agora sabemos que o choque funciona. – Léo comentou e todos riram
meio sem jeito.
Cara vc escreve muito bem! Vc também esse texto pertence a uma série? Hvaerá continuação?
ResponderExcluirTbm escrevo umas séries e alguns conto quiser acessar :
http://contosdeterrordeumadolescente.blogspot.com