TIROS E EXPLOSÕES
— ... aí eu disse “se você não fizer o que eu quero, não vou te pagar
nada”. – um dos capangas de Crioulo disse ao colega.
— Está certo, tem que mostrar quem manda. – o outro concordou.
Nesse momento, um jipe virou a esquina, e do banco de trás, um homem
loiro com uma metralhadora atirou nas pernas dos homens que conversavam. Polaco
e mais dois no veículo atiravam em todos que identificavam do bando de Crioulo.
Seu principal objetivo era a casa do traficante rival, mas aproveitou para diminuir
o exército inimigo ao longo do caminho.
O jipe virou à esquerda e, antes de passar a primeira quadra, foi
bloqueado por três carros. Polaco não temeu e começou a atirar nos inimigos,
que eram muitos, mas logo essa diferença diminuiu quando mais dois veículos
surgiram para ajudar o traficante loiro.
Assim que os ataques começaram, os que sobreviveram tentaram avisar o
Crioulo, mas este não estava em casa, então, os subordinados mais próximos
foram até a residência para protegê-la. Por isso, quando o grupo de Joel
chegou, ocupando dois carros, cada vindo de por um lado da rua, já havia uma
barricada de veículos na frente do portão principal. Para não danificar mais de
um carro, o líder dos ladrões decidiu usar apenas o Chrysler, que foi usado por
Taís, Léo e Bomber. Polaco emprestou um Passat para Joel e Charger.
— Muito bem, galera, vamos abrir caminho. Léo, dê um jeito nesses carros.
Bomber, eu e você vamos nos caras que estão na sacada. – Joel disse.
— Deixa comigo. – Léo respondeu e conectou um controle de videogame no
computador de bordo. – Vamos ver do que essa belezinha é capaz.
Do banco de trás, Bomber se levantou e tirou meio corpo pelo teto solar
para poder atirar nos homens mais no alto. Joel e Charger desceram do carro e,
usando as porta como escudo, também atingiam os oponentes.
Mirando no motor de um dos carros e usando as metralhadoras instaladas no
Chrysler, Léo atingiu seu alvo e uma grande explosão se seguiu. Os três carros
que bloqueavam a entrada explodiram e ainda arrebentaram o portão, além de
atingir todos que se protegiam atrás deles.
— Eu estava pensando, Charger. – Joel disse entre um tiro e outro.
— Sim, amigão? – o mecânico perguntou.
— Esse carro já está meio velho e nem é nosso. O que acha de usarmos para
tirar aqueles veículos queimados do caminho. – Joel sugeriu.
Charger apenas sorriu, entrou no carro novamente e acelerou com tudo. O
plano não foi bem sucedido, mas serviu para deixá-los bem na entrada da casa do
Crioulo. Taís se aproximou do local incendiado e Bomber desceu para ajudar
Charger e Joel.
— Não saiu como eu imaginava. – Joel reclamou ao sair do carro.
— Temos outras coisas com que nos preocupar agora. – Bomber disse
alertando-os para os homens que atiravam neles.
Apesar de estarem no portão de entrada, havia muitos inimigos. Só eles
três não conseguiriam passar por todos. Nesse momento, os carros de Polaco
entraram na rua e encostaram próximo ao grupo de ladrões. Rapidamente, os
homens do traficante loiro diminuíram a diferença e Joel e seus amigos puderam
entrar na casa. Indo direto ao sinal que o localizador do GPS do celular de
Facada apontava, eles encontraram apenas o aparelho e as facas do rapaz. Após uma
rápida vasculhada, concluíram que nem ele ou Crioulo se encontravam na casa.
— O Facada não está aqui. – Joel avisou Polaco quando se esbarraram na
porta.
— E nem o Crioulo. Eu notei. Não seria tão fácil se ele estivesse aqui. –
o traficante observou.
— Polaco, tem um carro vindo. Parece ser o Crioulo. – disse um dos homens
do traficante loiro que estava na barricada de carros queimados.
— Faça-o explodir! – Polaco mandou.
— Espere, o Facada pode estar com ele. – Joel gritou, mas os tiros já
haviam sido dados e uma grande explosão se fez na rua.
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