domingo, 21 de outubro de 2012

A Arte de Roubar T02C07


TIROS E EXPLOSÕES

— ... aí eu disse “se você não fizer o que eu quero, não vou te pagar nada”. – um dos capangas de Crioulo disse ao colega.
— Está certo, tem que mostrar quem manda. – o outro concordou.
Nesse momento, um jipe virou a esquina, e do banco de trás, um homem loiro com uma metralhadora atirou nas pernas dos homens que conversavam. Polaco e mais dois no veículo atiravam em todos que identificavam do bando de Crioulo. Seu principal objetivo era a casa do traficante rival, mas aproveitou para diminuir o exército inimigo ao longo do caminho.
O jipe virou à esquerda e, antes de passar a primeira quadra, foi bloqueado por três carros. Polaco não temeu e começou a atirar nos inimigos, que eram muitos, mas logo essa diferença diminuiu quando mais dois veículos surgiram para ajudar o traficante loiro.


Assim que os ataques começaram, os que sobreviveram tentaram avisar o Crioulo, mas este não estava em casa, então, os subordinados mais próximos foram até a residência para protegê-la. Por isso, quando o grupo de Joel chegou, ocupando dois carros, cada vindo de por um lado da rua, já havia uma barricada de veículos na frente do portão principal. Para não danificar mais de um carro, o líder dos ladrões decidiu usar apenas o Chrysler, que foi usado por Taís, Léo e Bomber. Polaco emprestou um Passat para Joel e Charger.
— Muito bem, galera, vamos abrir caminho. Léo, dê um jeito nesses carros. Bomber, eu e você vamos nos caras que estão na sacada. – Joel disse.
— Deixa comigo. – Léo respondeu e conectou um controle de videogame no computador de bordo. – Vamos ver do que essa belezinha é capaz.
Do banco de trás, Bomber se levantou e tirou meio corpo pelo teto solar para poder atirar nos homens mais no alto. Joel e Charger desceram do carro e, usando as porta como escudo, também atingiam os oponentes.
Mirando no motor de um dos carros e usando as metralhadoras instaladas no Chrysler, Léo atingiu seu alvo e uma grande explosão se seguiu. Os três carros que bloqueavam a entrada explodiram e ainda arrebentaram o portão, além de atingir todos que se protegiam atrás deles.
— Eu estava pensando, Charger. – Joel disse entre um tiro e outro.
— Sim, amigão? – o mecânico perguntou.
— Esse carro já está meio velho e nem é nosso. O que acha de usarmos para tirar aqueles veículos queimados do caminho. – Joel sugeriu.
Charger apenas sorriu, entrou no carro novamente e acelerou com tudo. O plano não foi bem sucedido, mas serviu para deixá-los bem na entrada da casa do Crioulo. Taís se aproximou do local incendiado e Bomber desceu para ajudar Charger e Joel.
— Não saiu como eu imaginava. – Joel reclamou ao sair do carro.
— Temos outras coisas com que nos preocupar agora. – Bomber disse alertando-os para os homens que atiravam neles.
Apesar de estarem no portão de entrada, havia muitos inimigos. Só eles três não conseguiriam passar por todos. Nesse momento, os carros de Polaco entraram na rua e encostaram próximo ao grupo de ladrões. Rapidamente, os homens do traficante loiro diminuíram a diferença e Joel e seus amigos puderam entrar na casa. Indo direto ao sinal que o localizador do GPS do celular de Facada apontava, eles encontraram apenas o aparelho e as facas do rapaz. Após uma rápida vasculhada, concluíram que nem ele ou Crioulo se encontravam na casa.
— O Facada não está aqui. – Joel avisou Polaco quando se esbarraram na porta.
— E nem o Crioulo. Eu notei. Não seria tão fácil se ele estivesse aqui. – o traficante observou.
— Polaco, tem um carro vindo. Parece ser o Crioulo. – disse um dos homens do traficante loiro que estava na barricada de carros queimados.
— Faça-o explodir! – Polaco mandou.
— Espere, o Facada pode estar com ele. – Joel gritou, mas os tiros já haviam sido dados e uma grande explosão se fez na rua. 

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