DR. CINTRA
Através de acesso remoto, o Dr. Cintra possuía controle sobre todos os
eletrônicos de sua casa, por isso só foi preciso que Nanda e Jéssica lhe
mandassem outra mensagem para ele abrir o portão da casa e da garagem para elas
entrarem.
— Olha, o Dr. Cintra respondeu. Parece que ele deixou um bilhete na sala
para lermos. – Jéssica avisou.
Assim que estacionaram e a porta da garagem se fechou, elas deixaram o
carro e entraram na casa, sendo o primeiro cômodo, a sala. Na mesa de centro,
encontrava-se o bilhete, que dizia:
“Olá, minhas queridas! Tudo bem com vocês? Se estão lendo esse bilhete
então correu tudo conforme o planejado. Eu só poderei ir para casa no domingo,
mas quero que sintam-se em casa. Abasteci a geladeira e os armários, e arrumei
seus quartos. Só peço para que não saiam para o caso de alguém ainda estar
vigiando. Tenho certeza de que conseguirão se entreter aí dentro. Cuidem-se e
até domingo. Beijos! Dr. Cintra!”
— Bom, parece que só nos resta relaxar e esperar até domingo. – a loira disse.
— Sim! Ótima ideia. Vamos ver nossos quartos! – Jéssica disse.
— Espera! Vamos pegar as coisas no carro, primeiro. – Nanda lembrou.
Elas pegaram seus pertences que estavam no veículo e foram conhecer
melhor a casa. No andar de baixo, havia uma ampla sala, um escritório, a
cozinha e uma lavanderia. Em cima, havia dois quartos, uma suíte e um banheiro.
Após encontrar e escolher seus quartos, as duas amigas ajeitaram suas coisas e
dormiram um sono pesado e tranquilo durante a tarde toda.
Era sexta-feira quando chegaram. Aproveitaram o sábado para limpar suas
armas e lavar suas roupas. Assistiram TV e comeram sempre que tiveram vontade.
A noite chegou e elas não perderam tempo em ir para suas camas. Não sabiam
quando teriam camas tão confortáveis quanto as que estavam.
Às sete da manhã do domingo, o Dr. Cintra abriu o portão manualmente e
entrou da maneira mais silenciosa possível. Ao fechar a porta da sala e notar
que o silêncio se manteve, ele se aliviou e seguiu até a cozinha. Seu objetivo
era preparar o café da manhã e acordar as garotas depois.
A cama estava tão aconchegante que afetou os sentidos de Nanda, mas
graças ao vazio matinal de seu estômago, seu olfato a acordou. O aroma de ovos
mexidos e suco de laranja se espalhou e impregnou todo o andar superior. A
loira pegou sua arma, colocou um roupão e desceu as escadas silenciosamente.
— Parado! – ela disse apontando a arma para o homem que estava atrás da
porta da geladeira. – Saia devagar com as mãos para cima. – ela mandou.
— Geléia de morango ainda sua preferida, não é? – o doutor com as mãos
para cima e o pote de geléia em uma delas.
— Dr. Cintra! – ela gritou, pôs a arma num balcão e correu para abraçar o
cientista.
— Oh, Nanda! Que saudades! – ele disse ao se separarem. – Vá acordar a
Jéssica, avisa que o café está pronto e enquanto comemos, colocamos o papo em
dia.
— Ta. – ela concordou com um sorriso e subiu correndo.
Logo, as duas desceram e, com um abraço apertado, a morena cumprimentou o
velho doutor. Os três se sentaram e começaram a comer.
— Bom, meninas, acho que chegou o momento de dizer para vocês por que as
chamei aqui. – ele disse e elas o encararam seriamente.
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