segunda-feira, 1 de julho de 2013

A Arte De Roubar T03C10

COMPLICAÇÕES

― Você é mesmo um ótimo ator, né? Acredita que eu estava pensando em te dar outra chance? Ia te chamar para sairmos hoje. Que burra eu, né? – Sandra disse ainda com os braços esticados e com Bomber na mira.
― Sandra, você precisa se acalmar. – o musculoso disse e avançou.
― Não dê mais nenhum passo! – ela gritou. – Vamos acabar logo com isso. – ela disse e baixou o braço esquerdo para pegar o comunicador dos seguranças.
― Sandra, me desculpa. – ele disse calmamente.
― Agora é tarde demais, Marcelo. – ela disse e desviou o olhar por um segundo, tempo suficiente para Bomber investir.
Ele avançou com uma joelhada na barriga dela, com o braço esquerdo torceu o antebraço direito da morena, fazendo-a largar a arma. Com o braço direito, ele a empurrou contra a porta da sala e a imobilizou pressionando o pescoço.
― As desculpas eram por isso. – ele disse enquanto ela tentava respirar. – Pode ser difícil de acreditar, mas eu não estava envolvido no esquema de tráfico pelo qual fui expulso da polícia. – disse e a soltou.
Sandra desabou no chão sobre as pernas dobradas. Passou a mão na garganta e tossiu um pouco. Em seguida sentiu a dor no antebraço.
― O que fez com meu braço? – ela perguntou.
― Torci, vai doer por um tempo, mas depois passa. – ele disse.
― O que vai fazer agora? Me matar? – ela perguntou e olhou bem nos olhos dele.
Bomber a encarou e a estudou, então depois de alguns segundos, percebeu. Ele se agachou e aproximou bem a boca dele da orelha dela.
― Boa tentativa! – ele sussurrou enquanto desligava o comunicador que ela havia ligado. – Isso vai fazê-la dormir por um bom tempo, com um pouco de sorte, não sentirá mais dor quando acordar. – ele disse mostrando uma seringa.
― Marcelo, espere! – ela pediu segundos antes de ele aplicar o sedativo.
Sabendo que todos haviam ouvido barulhos suspeitos pelos seus comunicadores e que havia um segurança no andar em que estava, Bomber saiu para falar com ele.
― Eu já estava quase entrando, Marcelo. Você ouviu? – perguntou Bruno.
― Melhor ainda, eu vi. Um movimento suspeito no sétimo andar. – ele disse. – Vão lá, eu coordeno daqui.
― Certo. Obrigado. – o segurança agradeceu e chamou o elevador.
Bomber voltou rapidamente para a sala dos monitores. Amarrou as mãos de Sandra. Beijou sua boca e colocou uma fita adesiva em seguida. Pegou a mala com as armas e se preparou para sair.
― Joel, pessoal. – ele chamou. – Tive uma pequena complicação, mas já estou a caminho, esperem mais um pouco.


Eles já tinham ensacado boa parte do dinheiro que estava solto e separado em um canto para quando fossem sair. A mensagem de Bomber foi uma surpresa, mas Joel decidiu ir ajudá-lo, pois se ele tivesse sido descoberto, de nada adiantaria eles estarem com todo o dinheiro ali no cofre.
― Deixa que eu vou. – Facada disse. – Sou mais silencioso que você e tenho uma mira melhor. Sem ofensa.
― Não, você está certo. – Joel concordou.
Joel fez “pezinho” para Facada subir de volta ao arquivo. O rapaz correu silenciosamente e saiu da sala, voltando ao corredor do primeiro andar. Foi para escada, mas parou ao ouvir passos. Eles seguiram direto para cima. Facada esperou o barulho diminuir e desceu. Assim que apareceu no pé da escada, o vigilante o viu.
― Quem é você? – ele perguntou, mas antes que sua mão chegasse ao cabo da arma, Facada atirou um tranquilizante e o grande homem caiu.
Saindo ao corredor, o guarda do outro lado do banco conseguiu pegar sua pistola, mas não teve tempo de levantá-la. Devido à distância, o rapaz usou facas de arremesso. Acertou uma em cada ombro do vigilante, depois avançou e aplicou a seringa no pescoço do funcionário.
Sem reparar, ele acabou ficando na frente da guarita do guarda do cofre, que saiu do seu lugar e tentou surpreender o invasor, mas foi impedido por Bomber que chegou bem no momento e atirou no braço esquerdo do outro guarda.
― Oh! Faltou um. – Facada disse e riu.
― E logo todos os outros estarão aqui. Temos menos de cinco minutos para sair daqui antes que eles percebam que os enganei. – Bomber avisou.
― Não entendi direito, mas parece emocionante. – Facada disse e sorriu.

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