quarta-feira, 10 de julho de 2013

Detetives Virtuais T01C11

GERADOS

Do alto da colina, eles conseguiam ver todo o cerco que era feito ao redor do forte. Um acampamento gigantesco circundava a construção. Os três amigos imaginaram um binóculo, cada um, e este surgiu, facilitando a visualização mais próxima do local. Havia centenas de soldados em cada tenda armada. Todos com formatos monstruosos, imensos e musculosos, usando todos os tipos de armas, machados, espadas, lanças, maças.
— Então, qual é o plano? – Kevin perguntou e sentou no gramado.
— Oh, muito bem, Kevin, está ficando menos impulsivo. Parabéns. – Frank elogiou e continuou. – Estava pensando em nos infiltrarmos no acampamento e lá descobrimos como agir. – ele disse.
— Talvez você queira adicionar outro fator ao seu plano. – Vick falou e apontou para o forte. – Eles estão mantendo reféns. – ela disse e os outros dois voltaram a olhar pelo binóculo.
— Isso é até bom. – o atirador refletiu. – Se destruirmos os invasores e salvarmos os reféns, o programa fica intacto.
— Vamos indo então. – Kevin chamou e levantou, e sua armadura se transformou na usada pelos inimigos.
Vick e Frank fizeram o mesmo e os três desceram a colina. Entraram por uma das laterais e passaram despercebidos. Os soldados de variadas formas comiam, bebiam e gritavam, mas com suas armas sempre a postos. Enquanto andavam e observavam o local, os técnicos de informática foram parados por um monstro.
— Alto lá! – disse a criatura com queixo largado quadrado e proeminente, dentes pontudos e afiados. Possuía olhos vermelhos e sua pele era roxa. Tinha um machado de duas lâminas nas mãos e não estava no melhor dos humores. – Quem são vocês?
— Somos os novos soldados do... – Kevin começou a dizer.
— Lado oeste. - Frank completou. – Fomos transferidos.
— Gerados, você quer dizer. – o monstro corrigiu. – Só não entendo por que saíram três criaturas tão pequenas e frágeis. – ele os olhou com uma careta. – Bom, eu sou Zorg, responsável pelo lado oeste. Venham comigo.


Eles atravessaram uma dezena de tendas e barracas. Puderam notar os tipos de criaturas que ali se encontravam, todos maiores do que os três humanos. Alguns deles eram similares a animais como lagartos, lobos, tigres, etc.
― Então, Frank, já pensou num jeito de derrotarmos esse caras, daqui de dentro? – Kevin perguntou enquanto caminhavam.
― Sim, com bombas. – o atirador disse e abriu sua mochila para mostrar ao amigo.
― Mas assim você vai afetar o forte do Tesouro Nacional também. – Vick observou.
― É, eu sei, mas esse foi o melhor que me veio à mente. – Frank se defendeu.
― Aproveitando o tempo que estamos tendo. O que acharam da proposta do Porto? – o guerreiro quis saber a opinião dos amigos.
“Se forem bem sucedidos nessa operação, posso arranjar cargos de Agentes Federais para vocês.”, o Agente Porto disse antes dos três técnicos embarcarem no mundo digital.
― Não faz minha cabeça ser pau mandado do governo. No começo pode ser até tudo as mil maravilhas, mas logo vão querer que a gente limpe a bagunça deles e quando formos ver estaremos ajudando-os a roubar sem sabermos. – Frank disse.
― Concordo com o Frank. – Vick emendou.
Nesse momento, o monstro parou e se virou para eles.
― Como vocês são mirradinhos demais para a infantaria, vou deixá-los cuidando dos reféns. – Zorg falou.
― Pode deixar com a gente. – Kevin disse, pegou sua espada e a bateu na grade da cela. – Não quero bagunça no meu turno. Todo mundo pianinho, senão vão sentir o gosto da lâmina da minha espada. – ele gritou para todos ouvirem.
― Esse aí tem o espírito. – Zorg disse e saiu de perto deles.
― Muito bem, pessoal, nós viemos salvá-los. – o guerreiro falou baixo para que só os prisioneiros pudessem ouvir.
― Quem são vocês? – um dos reféns perguntou.
― Isso não importa agora. Digam, existe algum tipo de mecanismo de defesa do forte que o proteja de uma grande explosão externa? – Frank interveio.
― Sim. Mas o forte agora está tomado, os cinco líderes deles estão lá dentro. – disse o refém.
― Cinco dá para o gasto. – Vick disse. – Você pode nos guiar até lá e ativar o mecanismo?
― Sim, mas o que vocês vão fazer? – o refém quis saber.

― Salvar vocês e o Tesouro Nacional. – Kevin respondeu.

2 comentários :

  1. Eu fico pensando e se nós tivéssemos esse poder de que tudo que imaginarmos se tornar realidade? É uma boa reflexão que pode ser abstraída do conto, haha.

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  2. Dessa vez, eu me senti um pouco perdida na leitura..rsrs.

    Beijos, Beijos!

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