GERADOS
Do alto
da colina, eles conseguiam ver todo o cerco que era feito ao redor do forte. Um
acampamento gigantesco circundava a construção. Os três amigos imaginaram um
binóculo, cada um, e este surgiu, facilitando a visualização mais próxima do local.
Havia centenas de soldados em cada tenda armada. Todos com formatos
monstruosos, imensos e musculosos, usando todos os tipos de armas, machados,
espadas, lanças, maças.
— Então,
qual é o plano? – Kevin perguntou e sentou no gramado.
— Oh,
muito bem, Kevin, está ficando menos impulsivo. Parabéns. – Frank elogiou e
continuou. – Estava pensando em nos infiltrarmos no acampamento e lá
descobrimos como agir. – ele disse.
— Talvez
você queira adicionar outro fator ao seu plano. – Vick falou e apontou para o
forte. – Eles estão mantendo reféns. – ela disse e os outros dois voltaram a
olhar pelo binóculo.
— Isso é
até bom. – o atirador refletiu. – Se destruirmos os invasores e salvarmos os
reféns, o programa fica intacto.
— Vamos
indo então. – Kevin chamou e levantou, e sua armadura se transformou na usada
pelos inimigos.
Vick e
Frank fizeram o mesmo e os três desceram a colina. Entraram por uma das
laterais e passaram despercebidos. Os soldados de variadas formas comiam,
bebiam e gritavam, mas com suas armas sempre a postos. Enquanto andavam e
observavam o local, os técnicos de informática foram parados por um monstro.
— Alto
lá! – disse a criatura com queixo largado quadrado e proeminente, dentes
pontudos e afiados. Possuía olhos vermelhos e sua pele era roxa. Tinha um
machado de duas lâminas nas mãos e não estava no melhor dos humores. – Quem são
vocês?
— Somos
os novos soldados do... – Kevin começou a dizer.
— Lado
oeste. - Frank completou. – Fomos transferidos.
—
Gerados, você quer dizer. – o monstro corrigiu. – Só não entendo por que saíram
três criaturas tão pequenas e frágeis. – ele os olhou com uma careta. – Bom, eu
sou Zorg, responsável pelo lado oeste. Venham comigo.
Eles
atravessaram uma dezena de tendas e barracas. Puderam notar os tipos de
criaturas que ali se encontravam, todos maiores do que os três humanos. Alguns
deles eram similares a animais como lagartos, lobos, tigres, etc.
― Então,
Frank, já pensou num jeito de derrotarmos esse caras, daqui de dentro? – Kevin
perguntou enquanto caminhavam.
― Sim,
com bombas. – o atirador disse e abriu sua mochila para mostrar ao amigo.
― Mas
assim você vai afetar o forte do Tesouro Nacional também. – Vick observou.
― É, eu
sei, mas esse foi o melhor que me veio à mente. – Frank se defendeu.
―
Aproveitando o tempo que estamos tendo. O que acharam da proposta do Porto? – o
guerreiro quis saber a opinião dos amigos.
“Se
forem bem sucedidos nessa operação, posso arranjar cargos de Agentes Federais
para vocês.”, o Agente Porto disse antes dos três técnicos embarcarem no mundo
digital.
― Não
faz minha cabeça ser pau mandado do governo. No começo pode ser até tudo as mil
maravilhas, mas logo vão querer que a gente limpe a bagunça deles e quando
formos ver estaremos ajudando-os a roubar sem sabermos. – Frank disse.
―
Concordo com o Frank. – Vick emendou.
Nesse
momento, o monstro parou e se virou para eles.
― Como
vocês são mirradinhos demais para a infantaria, vou deixá-los cuidando dos
reféns. – Zorg falou.
― Pode
deixar com a gente. – Kevin disse, pegou sua espada e a bateu na grade da cela.
– Não quero bagunça no meu turno. Todo mundo pianinho, senão vão sentir o gosto
da lâmina da minha espada. – ele gritou para todos ouvirem.
― Esse
aí tem o espírito. – Zorg disse e saiu de perto deles.
― Muito
bem, pessoal, nós viemos salvá-los. – o guerreiro falou baixo para que só os
prisioneiros pudessem ouvir.
― Quem
são vocês? – um dos reféns perguntou.
― Isso
não importa agora. Digam, existe algum tipo de mecanismo de defesa do forte que
o proteja de uma grande explosão externa? – Frank interveio.
― Sim.
Mas o forte agora está tomado, os cinco líderes deles estão lá dentro. – disse
o refém.
― Cinco
dá para o gasto. – Vick disse. – Você pode nos guiar até lá e ativar o
mecanismo?
― Sim,
mas o que vocês vão fazer? – o refém quis saber.
― Salvar
vocês e o Tesouro Nacional. – Kevin respondeu.
Eu fico pensando e se nós tivéssemos esse poder de que tudo que imaginarmos se tornar realidade? É uma boa reflexão que pode ser abstraída do conto, haha.
ResponderExcluirDessa vez, eu me senti um pouco perdida na leitura..rsrs.
ResponderExcluirBeijos, Beijos!