O FAVOR
― Augusto Cruz? – repetiu o Sr.
Monteiro. – Já ouvi esse nome antes.
― Foi só isso o que conseguiram?
– o agente Porto indagou.
― Sim, e foi bem trabalhoso. –
Kevin respondeu.
― O cara protege muito os dados
pessoais dele. Tinha um firewall do
caramba. – Frank emendou.
― E ele pôs um vírus na sua
máquina. – Vick disse e o empresário arregalou os olhos. – Não se preocupe, nós
o destruímos na volta.
― Tudo certo, então, né? Podemos
ir. – Kevin disse, mas ao tentar sair foi barrado pelo agente federal.
― Nada disso, o combinado era que
vocês iriam recuperar o dinheiro, não apenas um nome. – Porto argumentou.
― Lembrei! – Monteiro disse,
chamando a atenção de todos. – Esse Augusto Cruz foi um funcionário meu. Ele
era muito bom com computadores, aprendeu bem rápido a mexer no sistema da
empresa, mas com o público era uma negação. Precisei demiti-lo. – o empresário
contou.
― Então o motivo do roubo foi
retaliação. – Kevin concluiu.
― E provavelmente o vírus que
deixou os computadores lentos tenha sido feito por ele também. – Vick supôs.
― Faz todo o sentido, Vick. –
Frank concordou e juntou as pontas soltas. – Primeiro, ele atacou o sistema
para levar o Sr. Monteiro à falência, o que teria acontecido se não fosse por
nós. – ele lembrou. – Uma vez que isso não deu certo, ele esperou a empresa
recuperar o dinheiro perdido e roubou todo o seu rendimento. – o rapaz
concluiu.
― Vocês até que são bem espertos.
– Porto elogiou.
― Tiago, deixe-os ir. – o
empresário pediu ao agente. – Eles fizeram a parte deles. Com esse nome, posso
te passar os outros dados e você pode prendê-lo.
― Tudo bem. Estão liberados. – o
agente disse à contra gosto.
Um mês se passou desde então. A
Polícia Federal prendeu Augusto Cruz, que nunca ficou sabendo como conseguiram
“rastrear” o IP do seu computador. Os três amigos tiveram muitas aventuras no
mundo virtual na sequência. Usaram essas experiências para aumentarem seu
conhecimento sobre o lugar, e quando sobrava tempo, iam lá para desbravar a
Grande Metrópole. Com seus lucros, conseguiram pagar todas as suas dívidas e,
pela primeira vez em muito tempo, se encontraram com dinheiro em caixa.
― No próximo mês, podemos pensar
em alugar um apê maior, o que acham? – Kevin disse enquanto jogava videogame
com Frank e Vick lia uma revista.
― Acho mais vantajoso comprar um
na planta. – Vick opinou.
― E nos endividar de novo?
Prefiro investir e deixar render por um tempo. – Frank disse e o telefone
interrompeu a discussão.
― Meninos, temos uma visita
inesperada. – a garota anunciou.
Foi Kevin quem abriu a porta
quando a campainha tocou.
― Por que tenho a impressão de
que você não veio até aqui para saber como estamos? – perguntou para o recém-chegado.
― Porque você é um rapaz
inteligente. – respondeu o agente Porto. – Não me convida para entrar?
― Veio cobrar o favor, não é? –
Frank perguntou.
― Direto. Gosto disso. – o
oficial disse.
― Bebe alguma coisa, senhor,
agente, policial? – Vick ofereceu.
― Não, obrigado. E podem me
chamar de Porto. – ele disse.
― O que quer de nós? – Kevin quis
saber.
― Que façam o que fazem de
melhor: entrem no mundo virtual e destruam um vírus. – explicou.
― Mais detalhes, por favor. –
Frank pediu.
― Um hacker revoltado invadiu o sistema mais protegido do Governo
Federal e bloqueou as contas do Tesouro Nacional. Não preciso lhes dizer a
importância desse dinheiro para o país. – Porto contou. – Os melhores técnicos
à disposição do governo não conseguiram nada. Então, eu disse que conhecia
alguém que poderia fazer isso e, para não revelar seus métodos, eu trouxe o
único notebook que contém o programa
instalado. Mas para isso, vocês têm que resolver isso hoje. – o agente
finalizou.
Esperando pela nova aventura e imaginando como será o final da história.
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