Há 10 anos e meio, eu fui roubado pela primeira vez. Era apenas um garotinho de 14 anos voltando do cinema, indo para o tubo pegar o ônibus para casa. Sem experiência de mundo e inocência de que bandidos não atacam durante o dia, peguei minha carteira para adiantar e pegar o dinheiro da passagem. Fui abordado por um rapaz que fingiu pedir dinheiro para mim, quando recusei ele tentou pegar minha carteira.
Recuei, mas então chegou mais um. A surpresa, o susto e o medo me deixaram impotente na situação. E assim, perdi tudo que lá tinha, incluindo os documentos (que depois fui descobrir ser a pior coisa a se perder). Depois disso, passei a ser mais cuidadoso e nunca mais abrir a carteira no meio da rua. Na última semana, fui roubado pela segunda vez em minha vida (e espero que seja a última).
A tecnologia fez com que tudo avançasse, inclusive os métodos de roubo. Algo que por muitas vezes, vi na televisão e em notícias na internet, mas nunca imaginei acontecendo comigo. Meu cartão foi clonado. Eu ainda tinha o modelo antigo sem chip, mais suscetível a isso. Fui direto no banco para bloquear o cartão. Felizmente, tudo está sendo resolvido da melhor maneira possível. Ganhei um novo cartão (com chip) e terei meu dinheiro de volta.
Da primeira vez, eu não tive meu dinheiro de volta, mas em vez de ficar com medo dentro de casa, continuei saindo normalmente, sem abaixar a cabeça. Quando soube que a causa havia sido clonagem do cartão, um pensamento surgiu em minha mente para logo em seguida sumir, não usar mais o cartão. Mas essa seria uma atitude covarde e medrosa, coisa que eu não sou. Por isso, seguirei em frente, de cabeça erguida.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
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É uma sensação ruim mesmo.
ResponderExcluirA gente não pode fazer nada.
Eu tenho até medo de alguém aparecer com uma arma na minha frente. Não por ele, por mim mesmo. Temo minha reação, sou muito reativo.
Já arrombaram minha casa de praia duas vezes. Ai coloquei cães e nunca mais. Os bichos são grandes. Uma das vezes eu sei quem foi. Eram moleques que até futebol jogaram comigo. Tive vontade de leva-los para bem longe e dar uma surra, mas matar não posso, não sou assassino e deixar vivo eles voltam e queimam a casa. Assim a gente acaba ficando reféns e fica impotente.