quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Você já teve ou sofreu preconceito?

Você pode até dizer que não, mas eu tenho certeza de que sim. Esse post não se trata do preconceito de cor, mas sim do que costumam chamar de preconceito social. Eu gosto de denominar de preconceito visual. E como seria isso? Bom, tem a ver com a roupa que a pessoa usa e se ela se encaixa ou não nos padrões da sociedade. Vou usar como exemplo os manos, você sabe né, calças largas, moletom com capuz, calçados grandes.

Aqui onde eu moro tem bastante deles. E, principalmente nos ônibus, quando um deles aparece muita gente se arrepia de medo. O fato se dá porque a maioria dos manos moram em locais menos favorecidos (favelas) e as pessoas tendem a achar que todos eles são ladrões (embora alguns sejam realmente). Por isso há esse pré conceito que todos são ruins, o que não é verdade. Quando eu vejo um, fico de boa, mas prestando atenção. Quando noto que ele é apenas um cara que gosta do estilo, eu desencano e fico tranquilo. Mas não é só com os manos que acontece. Qualquer pessoa que não se encaixe nos padrões "normais" da sociedade é alvo de preconceito. Precisamos parar de julgar um livro pela capa. Nem sempre uma capa diferente e feia quer dizer que o livro é ruim e o inverso também é válido. Agora, a minha pergunta é: quando a humanidade vai evoluir?

6 comentários :

  1. Ótimo texto mano! Mas acho que também deve levar o fato de que se existem alguns deles que são ladrões, a gente acaba ficando ligado neles. Mas eu faço como você, só observo pra ver se não há nada "temível". E acho que o pré conceito né normal no ser humano, mas passa a ser ruim a partir do momento que afeta o próximo. Não acho que sejamos menos evoluídos por termos pré conceitos, isso é normal. Agora, acomodar-se no pré-conceito e não ter um conceito fundamentado é o que nos torna pré-históricos. Esta é a minha opinião.

    Seguindo aqui, belo blog! Confere o meu depois, se quiser: http://rodrigomantoan.blogspot.com

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  2. Esqueceu dos caras que entram nos bancos com blazers e assaltam geral ? preconceito é soda. Desculpe a demora em postar, mas tudo anda tão corrido !

    um abraço e continua ativão na blogosfera !

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  3. Preconceito é uma grande merda, Ricky... acho que todo mundo já teve um conceito prévio de algo... conceito sem conhecimento de causa. Inclusive eu... mas, lhe afirmo categoricamente que me esforço para "trucidar" todos os meus preconceitos.

    Se já sofri? Basta olhar para mim, né? Sou gordinha... sou tatuada... tenho piercings e tenho um estilo bem alternativo. Coloque tudo isso numa sacola, mexa e ao abrir, vai encontrar a palavra preconceito. Vou te contar um episódio, bem rapidamente. Vc sabe que ando de moto. Estava voltando da escola, no turno matutino, querendo chegar logo em casa para dar aulas à tarde. Fui parada em uma blitz e quando estava me aproximando dos policiais ouvi um dizendo "Ih é mulher, não vai poder dar baculejo"(depois fiquei sabendo que era o tipo de blitz pra acabar com a bandidagem... desarmamento, antidrogas e coisas desse tipo...) o outro respondeu "siga os procedimentos padrões"... desci da moto e o "poli" disse, a senhora pode estacionar direito, por favor?" Com uma voz super ríspida. Falei que sim e fiz o que ele pediu. Quando desci da moto, ele olhou pra mim e disse "os documentos da senhora e da moto"... olhou pra mim (eu estava de coturno por fora da calça, tenho piercing/argola no nariz e 5 furos em cada orelha e como o cabelo estava amarrado, estavam expostos. E olha que ele não viu as tattoos...). Quando abri o baú e ele viu um monte de coisas dentro e disse, "Tá cheio, heim?" com ar de "será que tem marijuana aí?"... foi então que eu respondi com uma delicadeza que encontrei não sei aonde(a vontade era de dizer: Vai a PQP, seu preconceituoso) dizendo-lhe: Sim, está cheio mesmo. Sabe como é, né? Vida de professora é assim, carregar um monte de coisas pra lá e pra cá!

    Ricky, vc não tem noção de como o poli mudou... ele arrumou a postura, olhou pra mim com um olhar mais contido e disse "A senhora é professora? Escola privada ou pública"... quando falei que era da rede pública, ele ficou mais delicado ainda. Não sei pq... mas, ficou! Deve ter ficado com pena. Deve ter lembrado de como somos desvalorizados! kkkkk... enfim, quando terminou de puxar papo e olhar meus documentos ele disse um muito obrigada e está liberada com um tom de voz quase de "me desculpe por ter parado a senhora"... isso é o preconceito! Fazer o que, né!?

    bjinhos

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  4. O nome disso é "determinismo". Estabelecer um padrão para determinado grupo tirando por base o meio no qual se desenvolveu sem levar em conta nada mais.
    Confesso que quando fui pra a feira japonesa e vi UM MONTE de gente totalmente vestidos de preto, batom preto, unhas pretas (homens). Eu fiquei "passada". Tipo, surpresa, sabe? Mas depois tava tudo tão tranquilo que até puxaria um deles para dançar ciranda. kkkkk

    O importante é: Mesmo que nos seja "estranho" (que não nos seja algo habitual) é importante querer conhecer um pouco mais para quebrar uma possível ideia distorcida.

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  5. Adoooooorei seu texto Ricky, tô até sem palavras para comentar...
    Suas reflexões sobre as coisas me deixam de boca aberta :-O
    Beeeejin :*

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  6. Já sofri sim. Alguns eu me lembro:
    1 - Eu era muito baixinho quando criança então meus colegas maires me enxiam o saco. Quando cresci eles ficaram pianinho, pois era bom de briga já quando pequeno, imagina crescido.

    2 - Uma vez parado com meu carro popular na sinaleira, uma meninas entregando um folder de apartamento passou direto por mim. Ela só entregava para carrões.

    3 - A vez que mais de deixou magoado foi quando uma linda moça com roupas muito atraentes passou direto pelo meu carro e não entregou o folder para mim. Ela estava entregando para todos independente do modelo do carro. Aí reparei que era todos homens sozinhos. Então saquei. Era folder de massagem. Eu estava acompanhado. Eu me senti excluído. Pô! Só por que sou casado - kkkk

    Ricky,.. este comentário me deu uma base para um post kkkk Valeu.

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