Com as informações que conseguiu através de sua pesquisa, Rubens chegou
ao endereço do dono da Kombi que o sequestrou. Após olhar bem, ele concluiu que
não tinha ninguém em casa, que era exatamente o que ele queria confirmar. Perto
dali havia um bar e o jornalista imaginou que lá ele descobriria o que
desejava.
– Uma coxinha, por favor. – Rubens disse ao sentar num banco próximo ao balcão.
O jornalista foi servido e logo notou que alguns olhares estavam sobre
ele. Decidiu ir direto ao ponto e não perder tempo.
– Com licença, o senhor conhece os moradores da casa amarela bem próxima
daqui. – ele perguntou ao dono do bar.
– Conheço sim. Por que a pergunta? – ele revidou secamente.
– É que eu encontrei uma Kombi abandonada num terreno baldio e encontrei
um pedaço de papel que indicava o endereço, então vim até aqui para avisar o
dono. – Rubens inventou.
– Oh, eu acho difícil. Eles nunca largariam aquela Kombi assim. Acho que você
se enganou rapaz. E é melhor você parar de fazer esse tipo de pergunta aqui
porque você pode se encrencar feio. – avisou o homem e foi limpar o balcão.
Rubens pagou pelo salgado e saiu do bar. Estava quase desistindo e
seguindo seu rumo para o hotel, quando um garoto o parou e chamou para um beco
isolado dos outros.
– O que foi, garotinho? Em que posso ajudá-lo? – Rubens perguntou.
– O senhor veio para nos ajudar? – disse o jovenzinho.
– Como? – devolveu Ruben sem entender.
– Eu ouvi o senhor perguntando sobre os traficantes lá no bar. – o menino
disse surpreendendo o jornalista.
– O que você disse, filho?
– Olha, se alguém souber que eu to falando com você, eu to morto. Então
eu serei breve. O senhor chegou bem na hora, detetive. – ele disse e Rubens
entendeu o porquê ele havia sido chamado. – Devido a ocupação da polícia aqui
na favela, os traficantes estão tendo dificuldades nos seus negócios. Mas eles
ainda existem. E o carnaval só veio para ajudá-los.
– Como assim? Eles pretendem fazer algo no carnaval?
– Sim. Eu os ouvi dizendo que na segunda noite de desfile, eles iriam
fazer o transporte da mercadoria. – disse o menino.
– Faz sentido, muita gente estará no sambódromo nesse horário, então...
– O senhor não entendeu. É no sambódromo que vai ocorrer o transporte. Eles
vão usar as fantasias de uma escola de samba para esconder as drogas e então,
depois do desfile, em vez da fantasia ser levada para o local certo será levada
para o comprador. – explicou o rapazinho.
– Que bem bolado. Como eu faço para pará-los? – Rubens falou para si
mesmo. – Ah, já sei. Garoto, eu preciso de mais algumas informações, mas já sei
exatamente o que fazer. – ele disse e o menino sorriu.
A noite chegou e Rubens já estava a postos no sambódromo. Ele gostou do
fato da escola escolhida pelos traficantes ser a segunda a desfilar, assim ele não
precisaria aguentar mais uma noite inteira de desfiles, ainda que ele estivesse
lá para isso. Quando os primeiros componentes da escola União da Ilha saíram da
avenida principal, o jornalista já estava lá embaixo.
Um pouco antes, Rubens rendeu o rapaz que havia tentado roubar sua
mochila de manhã e mais um que estava com ele. Ele não sabia quais eram as
fantasias com drogas embutidas, mas imaginou que fossem todas as colocadas no
caminhão que os dois rapazes estavam vigiando.
Com o veículo cheio, o jornalista arrancou e saiu do local do desfile. Mas
nesse momento, o rapaz que tentou roubá-lo, acordou e o viu saindo. Rapidamente,
ele avisou seu primo que estava próximo dali para escoltar o caminhão até o
local de destino.
Rubens seguia pela Avenida Presidente Vargas, mas como notou que estava
sendo seguido, virou à direita na Praça da República. Foi seu pior erro.
Pouco antes da Rua Buenos Aires, o jornalista foi fechado por dois carros
e havia mais dois atrás.
– É, agora complicou. – ele disse para si mesmo ao ver, pelo retrovisor, sair
5 homens armados de cada um dos carros de trás e a mesma quantidade dos carros à
sua frente.
Oi Ricky,
ResponderExcluirO conto é ótimo! Deve ter sido por isso que o carnaval foi tão tranquilo nos blocos, afinal alguém tinha que trabalhar.
Beijos.
Lu
Oi querido... então Rubão se meteu numa enrascada outra vez? Claro, né? Não poderia ser diferente... mas, vc é doidinho né? Usou o nome de uma escola de samba de verdade. ahahahhaah... quando li pensei que vc escolheria um nome fictício! Danado!!! hahahahah
ResponderExcluirBjks
Também me surpreendi com o nome verdadeiro da escola. E Rubens hein? Meio louco. Tá pensando que tem peito de aço? Esse rapaz tem que andar com colete. kkkkk
ResponderExcluirMedo.
Beijos.
Vixxxe, é vai se meter logo com o tráfico de drogas...
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